quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Corinne Hoffmann






Corinne Hofmann nasceu em 1960 em Frauenfeld, no cantão Thurgau, filha de mãe francesa e de pai alemão. Antes de partir para o Quénia, tinha uma loja de roupa na Suíça. Quando voltou, escreveu The White Masai (traduzido para inglês em 2005), que vendeu mais de 4 milhões de exemplares na Alemanha. O livro foi adaptado para o cinema pela realizadora alemã Hermine Huntgeberth e estreou no Festival de Cinema de Toronto a 14 de Setembro de 2005. Corinne escreveu ainda duas continuações do primeiro livro: Back from Africa e Reunion in Barsaloi. Hoje, vive confortavelmente no Lago Lugarno com a sua filha, Napirai, de 17 anos.

A massai branca - o filme




A Masai Branca, o filme

Com o terceiro livro, Corinne ficou mais famosa do que já era, seus livros vendem como água e muitas pessoas tornaram-se fã da autora. Daí, o convite para transformar sua história em filme foi consequência. Eu o vi ontem e o adorei. Estou realmente encantada pela história. A escolha dos atores foi fabulosa. Jacky Ido (Bastardos Inglórios) está perfeito no papel de Lemalian (Lketinga). A diretora teve o cuidado de passar a história de Corinne com muita delicadeza e suavidade nas cenas de intimidade dos personagens principais, sendo em alguns momentos até poético esse amor. O DVD é duplo contendo o Making Of, entrevistas e fotos do arquivo pessoal de Corinne. Vale muito a pena.

A Massai Branca - Die Weisse Massai



A Masai Branca, de Corinne Hofmann, é um dos livros mais envolventes e uma das biografias mais incríveis que já li.

A história real conta a saga da suíça que durante uma viagem ao Quênia com seu namorado, apaixona-se perdidamente por um guerreiro da tribo Massai, por quem decide largar toda a sua vida no primeiro mundo, incluindo seu negócio, sua família, sua rotina, sua estabilidade e seu namorado, em nome dessa paixão avassaladora.

A certeza e a perseverança de Corinne sobre a intensidade e a veracidade desse amor faz com que ela lute com todas as suas forças em busca da felicidade.

Porém, os desafios que ela enfrenta vão além de tudo o que eu poderia imaginar. Além de não falarem a mesma língua e de terem costumes completamente diferentes, as condições de vida, as doenças e alimentação da tribo fazem com que Corinne passe por momentos ruins, chegando inclusive à beira da morte mais de uma vez.

Beber sangue, andar quilômetros para tomar banho, não ter nada nem parecido com banheiro, sobreviver a cinco malárias e ainda ver meninas sendo mutiladas quando entram na puberdade são só alguns dos obstáculos que ela enfrenta para tentar viver esse amor.

Corinne escreve muito bem e faz com que o livro, que já possui uma história capaz de aguçar a curiosidade de qualquer um, seja devorado em poucos dias pelos leitores ávidos pelo desfecho da trama, que vai ficando cada vez mais angustiante e densa.

*****

Trilogia

E, para quem pensa que a história da vida de Corinne Hofmann termina com o final de A Massai Branca, aí vai um toque importante: é uma tri-lo-gia!

Depois de escrever A Massai Branca, que vendeu milhares de exemplares no mundo inteiro, a escritora resolveu escrever um segundo livro, "Back from África", que conta a história de sua vida de volta à Suíça, o que já faz o leitor perceber que a história de amor de Corinne terminou (já que contei isso, vou contar também que o relacionamento de Corinne e Lketinga durou cinco anos). E, depois, vem o "Reunion in Barsaloi", que conta em detalhes (e com fotos!) a visita, depois de 14 longos anos, de Corinne a sua família queniana! Os dois outros livros ainda não foram traduzidos para o português.

Sim, eu li os três! E não há em português os dois últimos disponíveis. Mas para quem acha que ficará difícil ler em inglês, aqui vai uma dica: Tente, pois o inglês não é técnico e está de fácil entendimento para quem sabe inglês no nível intermediário.

Negar o que sente



Somos ensinados desde pequenos que demonstrar o que sentimos é sinal de fraqueza, ou seja, aprendemos que devemos reprimir as lágrimas que insistem em cair pelo nosso rosto, a angústia em nosso peito, a dor em nosso coração. Se alguém nos ferir seja com um tapa ou uma palavra, aprendemos que devemos reagir como se nada tivesse acontecido.

Tudo aquilo que não conseguimos verbalizar ou externalizar, nosso corpo o faz de uma maneira muito sábia, ou seja, podemos adoecer como um sinal dizendo que algo dentro de nós não está bem. Podemos também ter pesadelos terríveis, como forma de expressar mensagens inconscientes e elaborar e conscientizar aquilo que foi sentido, porém negligenciado.

A freqüente e constante negação dos sentimentos faz com que estes se acumulem dentro de nós e se transformem em angústia, vontade de chorar sem saber por que, aperto no peito, noites sem dormir, irritação constante com tudo e com todos, tudo isso porque não consegue identificar o que sente e na maioria das vezes, não busca entender o que acontece internamente porque muitas vezes nem sabe como deve fazer.

Comece jogando fora cada crença que te fizeram acreditar que o que sente não tem valor ou que não pode e nem deve ser demonstrado. O que você tem na vida que não pode ser roubado, levado por ninguém e dinheiro algum consegue comprar? Um minuto para pensar...

O tesouro mais precioso e valioso que você tem são os seus sentimentos. Existe algum valor em dinheiro que possa comprá-lo? Alguém pode tirar de dentro de você se não quiser? Então, como podemos não valorizar ou ignorar algo tão sagrado? Simplesmente não podemos, mas fazemos. Ou melhor, você fazia até ler este artigo. Você até sentia em seu íntimo que algo estava errado, que o que sentia dentro de você era muito forte e que deveria receber mais atenção.

Mas como ir contra o que ouviu tantos anos e de tantas pessoas? E assim você foi ignorando, negando, fazendo que nada sentia, e a angústia aumentando. É assim também que vamos nos afastando de nós mesmos. Quanto mais se afasta do que sente, mas estará se afastando de você.

Isso gera muitos conflitos internos. Ao negar o que sente, nega também sua intuição, aquela vozinha interna que sabe muito bem que caminho deve seguir. Ao negar sua intuição é como se sua mente recebesse uma mensagem de que você não é digno de confiança e com isso sua autoconfiança diminui cada vez mais. Assim, surge a insegurança, as dúvidas, o medo, afetando as relações afetivas e até as relações profissionais.

Você ama quem você não conhece? Com certeza não. Você confia em quem não conhece? Também não. Você ama alguém? Creio que irá responder que sim. Você se ama? Mais ou menos? Como você pode dar amor se não tem nem para si mesmo? Só podemos dar aquilo que temos. Só amamos e confiamos em quem conhecemos e só podemos conhecer alguém mantendo um diálogo com essa pessoa. É o que você deve fazer com você mesmo, para aumentar seu autoconhecimento e começar a se amar.

Comece conversando consigo mesmo para identificar o que sente. Se você não está feliz, aproxime-se de seus reais sentimentos e respeite acima de tudo cada um deles. Pergunte-se o que te faz infeliz, o que te faz alegre e analise. Você sentirá um alívio imediato, ainda que sejam sentimentos que possam machucá-lo, pois quando lidamos com a verdade fica mais fácil saber o que devemos manter dentro de nós e o que devemos jogar fora. Cada vez que você passa por cima do que sente, está esmagando o que tem de mais valioso e isso pode dar o direito de outras pessoas fazerem o mesmo com você, e isso te fará sofrer cada vez mais.

Lembre-se: "Não podemos amar ninguém mais do que nos amamos e não podemos receber amor de alguém, enquanto não recebermos o nosso próprio". Acredite, isso faz toda a diferença!

Eu sei bem disso...

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Tantra and Love



Sei que já coloquei esse video no blog, mas senti que deveria colocá-lo novamente.

Beijos!

"Become loving. When you are in the embrace, become the embrace. Become the kiss. Forget yourself so totally that you can say, "I am no more. Only love exists." Then the heart is not beating, but love is beating. Then the blood is not circulating, but love is circulating. Then eyes are not seeing, love is seeing. Then hands are not moving to touch, love is moving to touch. Become love and enter everlasting life. Love suddenly changes your dimension. You are thrown out of time and you are facing eternity. Love can become a deep meditation, the deepest possible. Lovers have known sometimes what saints have not known."
(Osho)

Love is Karma

This is the essence of Tantra

Karma is created from our thoughts and actions

These result in our experiences

So the love we give and receive is the direct result of our thoughts and actions

To have love, we must first choose loving actions

Oração da Sabedoria



Senhor, dá-me a esperança paar vencer minhas ilusões.

Plantai em meu coração a semente do amor.

E ajuda-me a fazer feliz o maior número de pessoas possível, para ampliar seus dias risonhos e resumir as noites tristonhas.

Transforma meus rivais em companheiros, meus companheiros em amigos e meus amigos em entes queridos.

Não me deixes ser um cordeiro perante os fortes e nem um leão diantes dos fracos.

Dá-me o sabor de saber perdoar e afastai de mim o desejo de vingança.

Senhor, ilmuninai meus olhos para que eu veja os defeitos de minha alma e vendai-os para que eu não comente os defeitos alheios.

Senhor, levai de mim a tristeza e não a entregueis a mais ninguém.

Enchei meu coração com a divina fé, para sempre louvar o vosso nome e arrancai de mim o orgulho e a presunção.

Deus, fazei de mim um ser humano realmente justo.

Nós aprendemos...



Estive pensando muito sobre os dois últimos anos e percebi que não fiz outra coisa a nãos ser correr atrás do fim do arco-íris. Não há pote de ouro no fim do arco-íris e nem fim o danado tem.

Ilusões todo mundo vive umas vezes na vida. Nós temos a mania de inventar na nossa cabeça que tudo é para sempre, que os amores deveriam ser para sempre e que a pessoa amada tem a obrigação de ficar conosco. Não tem. A pessoa que amamos é livre para ir embora quando ela quiser e sendo assim, ela nos torna livres também... livres de uma relação que talvez não iria dar certo por variados motivos e o mais comum deles: as duas pessoas vivem momentos diferentes e não sabem lidar com isso.

Hoje em dia eu vejo que as pessoas não têm muita paciência uma com as outras, não sabem compreender o outro além de si mesmas, não sabem ser indulgentes, e por fim, não sabem amar de verdade.

Eu hoje aprendi que devo colocar a minha espada na bainha, parar de lutar uma guerra que não é minha e ser feliz. Eu aprendi a me amar primeiramente... eu aprendi que sou livre, finalmente!

Beijos, meus queridos!

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Decepções, ingratidão, afeições destruídas



Hoje, logo no início do dia, eu estava deitada na cama, quando refletindo sobre muitas coisas da minha vida e cansada de algumas situações, olhei para o lado e na cabeceira havia um livro. Peguei-o e abri numa página aleatória e ali estava a seguinte mensagem:

"Para o homem de coração, as decepções oriundas da ingratidão e da fragilidade dos laços da amizade são também uma fonte de amarguras. Porém, deveis lastimar os ingratos e os infiéis: serão muito mais infelizes do que vós. A ingratidão é filha do egoísmo e o egoísta topará mais tarde com corações insensíveis, como o seu próprio o foi.

Lembrai-vos de todos os que hão feito mais bem do que vós, que valeram muito mais do que vós e que tiveram por paga a ingratidão. Lembrai-vos de que o próprio Jesus foi, quando no mundo, injuriado e menosprezado, tratado de velhaco. Seja o bem que houverdes feito a vossa recompensa na Terra e não atenteis no que dizem os que hão recebido os vossos benefícios. A ingratidão é uma prova para a vossa perseverança na prática do bem; ser-vos-á levada em conta e os que vos forem ingratos serão tanto mais punidos, quanto maior lhes tenha sido a ingratidão.

As decepções oriundas da ingratidão não serão de molde a endurecer o coração e a fechá-lo à sensibilidade. Porquanto o homem de coração, como dizes, se sente sempre feliz pelo bem que faz. Sabe que, se esse bem for esquecido nesta vida, será lembrado em outra e que o ingrato se envergonhará e terá remorsos da sua ingratidão.

Mas, isso não impede que se lhe ulcere o coração. Ora, poderá nascer-lhe a idéia de que seria mais feliz, se fosse menos sensível, se preferir a felicidade do egoísta. Triste felicidade essa! Saiba, pois, que os amigos ingratos que os abandonam não são dignos de sua amizade e que se enganou a respeito deles. Assim sendo, não há de que lamentar o tê-los perdido. Mais tarde achará outros, que saberão compreendê-lo melhor. Lastimai os que usam para convosco de um procedimento que não tenhais merecido, pois bem triste se lhes apresentará o reverso da medalha. Não vos aflijais, porém, com isso: será o meio de vos colocardes acima deles.

A Natureza deu ao homem a necessidade de amar e de ser amado. Um dos maiores gozos que lhe são concedidos na Terra é o de encontrar corações que com o seu simpatizem. Dá-lhe ela, assim, as primícias da felicidade que o aguarda no mundo dos Espíritos perfeitos, onde tudo é amor e benignidade. Desse gozo está excluído o egoísta."

Temos o afeto que damos



“O egoísmo é a negação da caridade. Ora, sem caridade não haverá descanso para a sociedade humana. Digo mais: não haverá segurança. Com o egoísmo e orgulho, que andam de mãos dadas, a vida será sempre uma carreira em que vencerá o mais esperto, uma luta de interesses”

A necessidade essencial do ser humano é a afetividade – fonte de vida e equilíbrio, saúde e sanidade. Sem ela a criatura se estorcega na dor da carência emocional.

O mundo em que vivemos, em ambas esferas de movimentação, tem sido palco das mais lamentáveis “tragédias de amor”... Qual seria em síntese a causa das grandes lutas atuais nos relacionamentos afetivos? Que estaria pro traz das amargas desilusões daquelas “promessas encantadas”, nos consórcios felizes dos primeiros encontros entre dois corações?

Sem refletirmos sobre o egoísmo não conseguiremos entender com clareza a natureza das provas do coração, nas quais se envolvem esmagadoras percentagens da humanidade terrena.

Um dos mais punitivos resultados da personalidade egoísta que tecemos, em milênios de desvarios, é o hábito de exigir da vida o que a ela não damos, lesando a nós próprios com os efeitos infelizes das cobranças e expectativas absurdas.

O egoísmo pelo qual optamos na fieira evolutiva nos consome com pesados tributos. Em razão disso, perante as mágoas não temos força para perdoar. Por sua causa não sabemos conviver pacificamente com os desapontamentos e a frustração e, ainda, através de sua sanha perturbadora, somos constrangidos a lamentáveis dependências nas relações afetivas para aquisição do que acreditamos ser segurança e realização.

Devido às mágoas e às contrariedades do caminho, o egoísmo pode singrar a alma com a irritação e o desânimo. Devido às dependências, o egoísmo pode conduzir-nos ao despenhadeiro da tormenta mental e da devassidão.

Alguns casais conseguirão passar uma existência inteira como escravos do processo de exigência do amor um do outro, habituam-se a dar o que um cobra do outro e avançam para uma união sustentável, conquanto pouco educativa e extremamente simbiótica, não permitindo a autonomia que enobrece e liberta.

Nas entranhas desses relacionamentos, com raríssimas exceções, constata-se a nociva tendência de cultivar elevadas expectativas com os que nos cercam nas vivências afetivas. Espera-se sempre ser amado com extrema devoção e escravidão, como se isso fosse a garantia de uma relação saudável e duradoura ou, ainda, o sinônimo de fidelidade e amor. Criam-se então muitas máscaras com o nome de “provas de amor”, capazes de sustentar as exigências um do outro somente pelo tempo em que durar os ESTÍMULOS DA PAIXÃO, que iludem e insuflam um “estoque temporário” nos mecanismos da afetividade. Quando um “estoque” de um dos dois exaure, se o par não dispõe de habilidades emocionais autênticas, distantes do sentimentalismo fugaz, não encontrará recursos para vencer crises e desafios naturais da caminhada, tombando nos leitos dolorosos da decepção e da ofensa, tornando-se presas fáceis das velhas armadilhas do coração – expressões sutis do egoísmo!...
Infidelidade e separações, desencanto e fuga originam-se da incapacidade humana de gerir seus sentimentos em direção ao fenômeno psíquico e emocional da desvinculação. Raramente escapam os cônjuges dessa amarga realidade da convivência amorosa. Somos herdeiros da indiferença com a qual arquivamos na subconsciência infinitos desvios da vida afetiva, e lesamos os nossos centros da sensibilidade sediados no corpo espiritual. Hoje, retomando o carreiro físico socorridos pela Luz do entendimento, somos convocados ao reajuste do nosso mundo sentimental e, para isso, teremos que aprender a carregar o “peso dos reflexos” da insegurança e da solidão, da dependência e do medo, que nada são mais do que mutações reeducativas do afeto.

O elenco das chamadas incompatibilidade, com o qual o homem procura explicar suas “alterações afetivas”, nada mais são, igualmente, que provas que a vida devolve na pessoa do outro para nossa recuperação perante a consciência. A questão da sexualidade, nesse panorama, habitualmente é vista como a causa mais provável e justa para as infelicidades da vida a dois, razão pela qual convém-nos refletir com mais profundidade no tema.

O prazer sexual é ago inerente à caminhada espiritual humana, constituindo uma necessidade bio-psíquica do ser. Graças aos aleives cometidos no ontem, poucas vezes vamos escapar dos tormentos nessa área com aqueles que assumimos os compromissos de uma vida afetiva. Por esse motivo, o casal que queira vencer as aferições essenciais nessa prova deverá aprender a suprir, com companheirismo e trabalho edificante, os sopros indesejáveis da traição ou desistência que são desferidos pela mente, quando em desalinho.

Justificar uniões interrompidas em razão de tais desacertos ainda é flagrante expressão de egoísmo dominante. Muitos relacionamentos que usufruem ricos prazeres corporais de sexualidade, se não constroem carinho e interesse VERDADEIRAMENTE ALTRUÍSTA (O VERDADEIRO, VIU), também sofrerão, a seu turno, os lances da incompatibilidade por outras razões. Satisfação sexual, por si só, não é garantia de saúde nos empreendimentos afetivos.

Observa-se, mesmo entre aqueles que foram iluminados pela Sabedoria, o abandono fragoso perante paixões que irrompem repentinas nos velhos testes do “triângulo amoroso”. Nesses quadros, freqüentemente constata-se que muitos companheiros analisam suas provas exclusivamente sob o enfoque da carência sexual, em razão das limitações que um dos dois apresenta para respostas satisfatórias e estimulantes. São as “provas afetivas”, cujo cerne é do desafio de transformar as decepções em relações de respeito e legítima fraternidade, no triunfo sobre o narcisismo que nos consome há tempos.

Entretanto, poucos são os que se dispõem ao triunfo ante tais aferições da vida. A “filosofia descartável” atingiu inclusive as relações. Estamos desistindo muito facilmente uns dos outros. Seja o motivo que for, estamos desistindo.

Mecanismos mentais, parcialmente conhecidos pelas ciências psicológicas desse planeta, são capazes de criar “ilusões perfeitas”, com as quais corações desatentos permitem-se continuar prisioneiros do ego, quando em verdade, são chamados ao testemunho da liberdade, da caridade para com o outro. Casos existem nesse setor em que a criatura é capaz de arquitetar “inconscientemente” uma traição do outro, para que possa encontrar um álibi consciencial para sua traição – sutil processo de fuga com tentativa de se absolver.

Ante de recriar as relações só pode fazer parte da vida de quem descobriu que o afeto se tem é somente aquele que se dá.

A grande meta dos investimentos afetivos é o desenvolvimento da amorosidade, ou seja, as atitudes que decorrem da alegria e do entusiasmo em fazer a felicidade de quem está ao nosso lado, esquecendo, se necessário for, das nossas expectativas.

O desejo em ver o outro feliz é a alma dos relacionamentos duráveis e educativos. A alegria com o bem-estar alheio é o “cravo da morte” no egoísmo infelicitador. O carinho e a ternura, o gosto de servir e o diálogo com lídimo ato de diversão são alguns medidores do afeto verdadeiro, quando vicejam espontaneamente entre os pares.

Só temos o amor que damos, porque experimentamos no corpo e na alma as benesses de seu quimismo. O amor que esperamos, embora justo, quase sempre termina na loucura e tédio, decepção e cobrança.

domingo, 5 de dezembro de 2010

As razões de cada um



"Para julgar-se a si mesmo, fora preciso que o homem pudesse ver seu interior num espelho, pudesse, de certo modo, transportar-se para fora de si próprio, considerar-se como outra pessoa"

A subjetividade é um capítulo admirável da ética quando enfocado sob o ângulo da formação de juízos morais. As razões humanas para explicar as próprias atituddes são algo inerente à individualidade de cada ser. Mesmo os perversos encontram "motivos justos" para suas ações, nas justificativas pertinentes a seus raciocínios egoístas.

Juízos éticos sempre serão subjetivos e, por isso mesmo, não constituem bons argumentos para fundamentação de defesas a medidas e projetos que visem colaborar na restauração da reorganização de nossa Seara. Assinalar condutas morais de pessoas ou instituições, como base para propor mudanças, é fragilizar nossas disposições de cooperar, porque penetramos um campo essencialmente individual e inacessível. E mais a mais, julgar é concluir veredictos sobre o comportamento alheio, no qual, quase sempre, falhamos.

Juízes eminentes declaram sentenças injustas, conquanto se preparem para não fazê-las, e a maioria de nós, na rotina das relações, costumamos emitir sentenças e pareceres pelo hábito de criticar e analisar defeitos dos outros, sem qualquer sintonia com a verdade sobre tais pessoas, ou apenas analisando-as superficial e parcialmente.

O fato de cada individualidade ter suas razões é motivo com sobras para que respeitemos cada qual em seu patamar, o que não significa tenhamos que concordar e adotar passividade ante suas movimentações. Aqui penetramos em un dos mais delicadod tópicos do relacionamento interpessoal, em nossos ambientes de reeducação espiritual: a convivência pacífica e construtiva frente à diversidade de opiniões, entendimentos e posturas.

A tendência marcante de nossa personalidade é estabelecer idéias pré-concebidas, expectativas mal dimensionadas e estereótipos sobre as ações alheias, e, mesmo quando nosso julgamento é pertinente, preferimos a referência mordaz e o destaque para a parte menos construtiva a ter que conjeturar, em clima de indulgência e misericórdia, sobre as motivações que ensejaram os comportamentos alheios.

Somos, comumente, escravos do nosso próprio orgulho que procura defeitos nos outros para tentar fazer-nos melhores. Entretanto, o próximo é espelho de nossos valores e imperfeições, e, quando lhe destacamos uma deficiência, precisamos voltar-nos para a intimidade e descobrir nosso elo de atração com a questão em pauta; isso será um verdadeiro exercício de autodescobrimento.

A dificuldade consiste em redimensionar nosso milenar costume de ver o "cisco no olho do outro e não perceber a trave no nosso" (citando Mateus, 7:3 a 5)

Um bom princípio para a reeducação de nós mesmo será o cultivo do sentimentos de piedade e compreensão para com todos. Mentarlizar-nos, todos, em um só barco com a presença de um Mestre conduzindo-nos pelas tempestades de nossas extensas carências espirituais, e jamais deixar de recordar que estamos em patamares variados de crescimento.

Isso exige-nos o vínculo com a atitude de alteridade, ou seja, o reconhecimento da diferença, da distinção da qual o outro é portador, a fim de nutrirmos constante indução mental na formação do hábito de respeitar as diferenças no modo de ser de cada qual.

As defesas apaixonadas no campo dos julgamentos morais têm feito muito mal ao nossos ambientes de amor. Conquanto muitas vezes sejam verdadeiros, devemos aprender com o maior Mestre que já houve na Terra, Jesus, como externá-los para não ferir e conturbar. Saber apresentar discordâncias e falhas é uma arte da qual temos muito ainda a aprender.

Lembremos o episódio inesquecível da mulher adúltera para termos uma noção lúcida sobre como se portar frente à verdade dos que nos cercam. Naquela oportunidade, Jesus não faltou com o corretivo e nem julgou-a; utilizando-se de um extraordinário recurso pedagógico, devolveu a subjetividade dos juízos à consciência de cada um através do pronunciamento "atirem a primeira pedra os que se encontrem isentos do pecado", e todos sabemos qual foi o efeito desse recurso na vida pessoal dos que ali se encontravam.

Nossa necessidadde de guardar idéias, em forma de juizos definitivos e inflexíveis sobre as criaturas, é o fruto do nosso orgulho. Nossos julgamentos manetas pecam pela ausência de bons sentimentos, pela parcialidade e, acima de tudo, pelas projeções que fazemos de nós mesmos.

A dificuldade de aceitação das pessoas como elas são, enquadrando-as em concepçoes e padrões definiddos pela nossa ótica de vida, precisa ser corrigida para ensejar um melhor nível de entendimento em nossa caminhada. A inaceitação chega a ser tão ostensiva que nos magoamos com facilidade com as ações que não correspondem às nossas expectativas, ainda que tais ações não nos prejudiquem. Devido a essas expectativas que depositamos em pessoas, ocorrem cobranças injustas e ofensas dilacerantes que só inspiram o revanchismo e invigilância.

Esse não deveria ser o nosso clima. E como ficam os princípios imortais que deveriam esculpir o nosso caráter?

Em verdade, o que temos entre nós são necessidades extensas nos terrenos da melhoria espiritual, sendo necessário compreender que ninguém faza o que faz para magoar ou no intuito de denegri. São hábitos arraigados contra os quais estamos em permanente batalha.

Virá o instante do entendimento, da complacência e da tolerância como veredas de esperança para um tempo melhor. A isso chamaoms união e fraternidade. Nessa hora, quando assentarmos à nossa mesa dispostos a contemplar a diversidade do outro e dialogarmos como irmãos de ideal, descobriremos, estupefatos, quão distantes da realidade se encontram nossos julgamentos, porque compreenderemos melhor quais eram as razões de cada um...

Paz a todos, meus queridos! Um bom dia a vocês!

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Enquanto seus lábios ainda estão vermelhos



Essa é a música que tenho escutado ultimamente. É um som de despedida para mim... algo dizendo que o fim está próximo e que eu tenho rapidamente que fazer minhas malas para o embarque. Não estou falando de morte física, mas sobre a morte de um sentimento, de uma esperança, de um futuro, de um sonho...

Enquanto Seus Lábios Ainda Estão Vermelhos

Doces pequenas palavras feitas para o silêncio, não para serem faladas
Coração jovem para o amor, não para mágoas
Cabelos negros para dançar ao vento,
Não para velar a visão de um mundo frio

Beije,
Enquanto seus lábios ainda estão vermelhos
Enquanto ele ainda está em silêncio
Descanse enquanto o seio ainda está intocado, desvelado
Segure outra mão,
Enquanto a mão ainda não está armada
Mergulhe nos olhos enquanto eles ainda estão cegos
Ame enquanto a noite ainda esconde o amanhecer aterrador

O primeiro dia do amor nunca retorna,
Um momento apaixonado nunca é desperdiçado
O violino, a mão do poeta,
Todo coração descongelando toca a sua canção com cuidado

Beije,
Enquanto seus lábios ainda estão vermelhos
Enquanto ele ainda está em silêncio
Descanse enquanto o seio ainda está intocado, desvelado
Segure outra mão,
Enquanto a mão ainda não está armada
Mergulhe nos olhos enquanto eles ainda estão cegos
Ame enquanto a noite ainda esconde o amanhecer aterrador

Almas Gêmeas


As pessoas acham que a alma gêmea é o encaixe perfeito, e é isso que todo mundo quer. Mas a verdadeira alma gêmea é um espelho, a pessoa que mostra tudo que está prendendo você, a pessoa que chama a sua atenção para você mesmo para que você possa mudar a sua vida. Uma verdadeira alma gêmea é a pessoa mais importante que você vai conhecer, porque elas derrubam as suas paredes e te acordam com um tapa. Mas viver com uma alma gêmea para sempre? Não. Dói demais. As almas gêmeas só entram na sua vida para revelar a você uma outra camada de você mesmo, e depois vão embora.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

O homem mais importante



Os homens sempre querem ser o primeiro amor de uma mulher - as mulheres gostam de ser o último romance de um homem. E quem disse que o primeiro homem é o mais importante na vida de uma mulher?

Homens, entendam de uma vez por todas, o homem mais importante da vida de uma mulher é o último.

Grandes Problemas



Alguns problemas são tão grandes que parece que nada poderá resolvê-los. Ainda assim, lembre-se: o poder reside no sutil. Quanto mais sutil mais poderoso.

Um grande e, aparentemente, insolúvel problema simplesmente exige uma solução mais sutil. Quanto maior o problema, mais sutil será o plano em que você deve ir para encontrar a solução.

Problema significa falta de solução. Do mesmo modo que escuridão quer dizer ausência de luz. A solução não é lidar com o problema(escuridão), mas encontrar a solução(luz).

Problemas de fraqueza não são resolvidos ao se lidar com a fraqueza, mas buscando força. Problemas de ignorância não são resolvidos ao se lidar com a ignorância, mas buscando inteligência. Problemas de doença são resolvidos facilmente com tranquilidade. Problemas com ódio são resolvidos com amor. Como o amor é mais sutil do que o ódio, no espectro das emoções humanas, o ódio é uma expressão bruta e o amor, em oposição, é um impulso sutil do coração.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Doar



Quando você for capaz de abençoar silenciosamente todas as pessoas e fazê-lo amorosa e indiscriminadamente, você encontrará uma cura rápida para o problema da ambiçãop. Em lugar de sentir-se pouco à vontade na presença de determinadas ou de uma multidão, você se sentirá bem. Por quê? Porque você estará atraindo a Graça para si mesmo. Oscar Wilde percebeu isso quando disse: "Não podemos buscar o amor. Ele nos chega espontaneamente quando damos amor aos outros".

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Musica do dia - Kissing you



Pride can stand
A thousand trials
The strong will never fall
But watching stars without you
My soul cried
Grieving heart is full of pain
All of the aching

'Cause I'm kissing you, oh
I'm kissing you, Love

Touch me deep
Pure and true
Gift to me forever

'Cause I'm kissing you, oh
I'm kissing you, Love

Where are you now?
Where are you now?
'Cause I'm kissing you
I'm kissing you

O orgulho pode estar
em mil experiências
A força e a vontade nunca caem
Mas olhando as estrelas sem você
Minha alma chora

O coração entristecido está cheio de dor
da, da dor

Por que estou beijando você
Estou beijando você, amor

Toque me profundamente
Puro e verdadeiro
Presentei a mim para sempre

Por que eu estou beijando você,
estou beijando você, amor

Onde você está agora?
Onde você esta agora?
Por que eu estou te beijando
Estou te beijando

A completude não existe




"Lacan ensinou que o amor é o desejo impossível de ser um quando há dois. Noutras palavras, é o desejo impossível da completude. "

Vira e mexe ouço alguém dizer: "Fulano(a) não me completa". Como se a completude existisse. Trata-se de um mito originário da Grécia que se perpetura no nosso imaginário. Segundo o mito, nos primórdios, a forma humana era uma esfera como quatro mãos, quatro pernas, duas cabeças e dois sexos. Os seres humanos se deslocavam para a frente e para trás e, ao correr, giravam sobre os oito membros. Seu orgulho e sua força eram tamanhos que, para enfraquecê-los, Zeus os cortou pela metade. Para os gregos, o corte deu origem ao amor, que junta as metades e de dois seres faz um.

Num dos seus seminários, Lacan retomou esse mito para ensinar que, na verdade, o amor é "o desejo impossível de ser um quando há dois". Noutras palavras, é o desejo de impossível de completude, já que o desejo de um sujeito nunca coincide inteiramente com o do outro. A coincidência que o amante pode celebrar é a da crença na liberdade do amado. Uma crença que se expressa assim: "Faça tudo que desejar, pois o seu desejo é o meu". Com ela, a relação se renova continuamente, e se perpetua, torna-se possível.

Isso significa que o egoísmo é incompatível com o amor e este requer uma educação especial. Que o próprio amor, aliás, oferece, porque ele torna os amantes inteligentes. A paixão cega, mas o sentimento amoroso ilumina. O amante não precisa perguntar ao amado o que este quer, pois quem ama sabe a resposta.

A letra de uma das nossa canções populares diz que não anda bem quem anda atrás de amor e paz. Só é assim, no entanto, quando é da paixão que se trata e a relação entre os amantes é de espelhamento; quando um não autoriza o outro a ser ele mesmo, a diferir.

Fala-se muito na aceitação da diferença, porém ela é rara. Implica uma generosidade que não é espontânea e precisa ser conquistada. Para tanto, qualquer via é boa. A da educação laica ou religiosa, de qualquer religião, como bem disse o Dalai Lama, numa das suas conferências em Paris, insistindo na idéia de que para cada um a melhor religião é aquela na qual foi formado. Porque, em última instância, todas as religiões são contrárias ao egoísmo.

sábado, 16 de outubro de 2010

O milagre do amor...

Hoje eu estava falando com meu amigo, Alexandre no msn e ele me mandou uma música linda do Eurythimics, chamada THE MIRACLE OF LOVE. Alexandre, essa música é linda! Annie Lennox tem uma voz poderosa e eu adorei você tê-la mandado para mim, pois eu acho que a letra tem tudo a ver com o agora... Fecha um ciclo, digamos assim. Obrigada por me fazer rir hoje. Eu precisava mesmo. Obrigada por ser tão presente e por dar muito apoio nas horas difíceis... horas em que todo mundo parece sumir nos deixando a sós com nossos fantasmas (bem vivos). Muito obrigada! Obrigada pela amizade e pela agradável companhia... Sempre...

TRULILU!!!!!



Quantas tristezas
Você tenta esconder,
Num mundo de ilusão
Que está cobrindo sua mente?

Eu mostrarei a você algo bom,
Oh, eu mostrarei a você algo bom:
Quando você abrir sua mente,
Você descobrirá o indício
Que existe algo [que]
Você está ansiando encontrar...

REFRÃO:
O milagre do amor
Levará embora sua dor.
Quando o milagre do amor
Vier na sua direção novamente...

Cruel é a noite
Que encobre seus medos.
Meiga é aquela [noite]
Que enxuga suas lágrimas.
Deve haver uma intriga amarga
Para fazer você atormentar tão perversamente.
Dizem que o maior covarde
Pode magoar o mais ferozmente...

Mas eu mostrarei a você algo bom,
Oh, eu mostrarei a você algo bom:
Se você abrir seu coração,
Você pode fazer um novo começo
Quando seu mundo desmoronante desabar aos pedaços...

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Closer to the Edge



A música que escolhi para este dia tem tudo a ver com o que estou sentindo no momento. Eu estava escutando uma seleção de músicas no computador e falando no MSN com duas pessoas muito queridas e no momento em que estávamos resolvendo uma situação difícil essa música tocou. Parecia mesmo o fim de uma situação e um novo começo... Um tema para a liberdade... Uma canção que encerrava um livro com um final infeliz...

ME PERMITO VOAR... ME PERMITO SONHAR... ME PERMITO REALIZAR... ME PERMITO TENTAR... ME PERMITO ERRAR... ME PERMITO CONCERTAR... ME PERMITO AMAR... ME PERMITO ANALISAR... ME PERMITO SOFRER... E QUANDO EU ME PERMITO REALIZAR TANTAS E TANTAS COISAS DIFERENTES... DESCUBRO QUE ME PERMITIR SER FELIZ! E ASSIM LEVO A MINHA VIDA... SEM SOFRER O CAOS QUE REINA DENTRO DE ALGUMAS PESSOAS E QUE ELAS TEIMAM EM TRAZER PARA MINHA VIDA, PARA QUE EU RESOLVA. AGORA EU USO A MINHA CAPACIDADE DE ME PERMITIR... E COMEÇO A SONHAR QUE O MUNDO LÁ FORA... ME PERMITE VOAR... ME PERMITE...

"Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las."(Voltaire)

Thirty Seconds to Mars, a banda do ator Jared Leto, ontem me surpreendeu: Closer to the Edge.

Mais Perto do Limite

Eu não me lembro do momento, eu tentei esquecer
Eu me perdi, é melhor não falar
Agora estou mais perto do limite

Foi um mil e um
E um milhão em dois para uma tonelada de ouro
As chamas levaram você
Mais perto do limite

Não, eu não estou dizendo que sinto muito
Um dia, talvez nós nos encontraremos novamente
Não, eu não estou dizendo que sinto muito
Um dia, talvez nós nos encontraremos novamente
NÃO NÃO NÃO NÃO

Você consegue imaginar um momento em que a verdade correu livre
O nascimento de todos nós e a morte de um sonho
Mais perto do limite

Esta história sem fim
Paga com orgulho e fé
Nós todos ficamos com pouca glória
PERDIDO NO SEU DESTINO

Não, eu não estou dizendo que sinto muito
Um dia, talvez nós nos encontraremos novamente
Não, eu não estou dizendo que sinto muito
Um dia, talvez nós nos encontraremos novamente
NÃO NÃO NÃO NÃO

NÃO NÃO NÃO NÃO
Eu nunca vou esquecer
NÃO NÃO
Eu nunca vou me arrepender
NÃO NÃO
EU VOU VIVER A MINHA VIDA
NÃO NÃO
Eu nunca vou esquecer
NÃO NÃO
Eu nunca vou me arrepender
NÃO NÃO
EU VOU VIVER A MINHA VIDA

Não, eu não estou dizendo que sinto muito
Um dia, talvez nós nos encontraremos novamente
Não, eu não estou dizendo que sinto muito
Um dia, talvez nós nos encontraremos novamente
NÃO NÃO NÃO NÃO

Mais perto do limite
Mais perto do limite
NÃO NÃO NÃO NÃO

Mais perto do limite
Mais perto do limite
NÃO NÃO NÃO NÃO

Mais perto do limite....

domingo, 10 de outubro de 2010

Sentimento de Vingança - Jigoku Shoujo




Vingança…

Um sentimento tão controverso, mas tão real…
Um sentimento negativo, de extremo poder…
Que apesar de não ser correto, para muitos é algo justificável…
Principalmente na mente dos "injustiçados"…


Se nem a justiça dos céus e nem a dos homens consegue punir a quem espalha tanta dor e sofrimento pela humanidade "inocente", alguém tem que tomar essa iniciativa, em nome dos injustiçados.

Os vingadores, sempre mal compreendidos por aqueles que nunca sofreram algo, agora tem um animê que entende muito bem a sua dor: Jigoku no shoujo aborda de modo extremamente profundo e denso esses sentimentos.

Em seus primeiros episódios, aqueles que carregam em suas vidas um extremo sentimento de vingança, vãos se sentir confortáveis, pois retrata fielmente a visão dessas pessoas, de tal forma que parece conversar de maneira sincera com seu público. Como aquele único amigo que entende perfeitamente suas razões… A raiva, o odio e a amargura de ser injustiçado… E a satisfação de ver a vingança finalmente realizada. Apesar da forma ser, muitas vezes, cruel, essa crueldade é justificada pela dor que essa ” diabólica alma humana” causou a outras pessoas.

Ao longo do restante dos episódios e de sua continuação “Jigoku Shoujo Futakomori“, começam a surgir uma série de indagações:

1. A vingança é realmente a única solução?
2. A felicidade finalmente vem depois de terminado a vingança?
3. A vingança é realmente justa? Ela nunca atinge uma pessoa inocente?
4. Qual o preço de uma vingança? É um preço que vale ser pago?
5. Vingança é igual a justiça, ou apenas um sentimento de rancor e ódio que unem duas pessoas?

Jigoku no shoujo passa as respostas a essas questões? Nunca… Esse anime não tem um roteiro com a pretensão de pregar uma verdade absoluta. Ele não define o que é o certo ou o errado. Somente mostra todas as visões possíveis sobre o assunto.

A unica mensagem que o anime deixa bem claro é:

“Se você realmente deseja ter a sua vingança, você deve puxar o fio vermelho. Você fará um pacto comigo assim que puxar o fio. O receptor de sua vingança será transportado imediatamente para o Inferno. Porém… Uma vez que a vingança é feita, você deve pagar a compensação. Duas covas irão aparecer quando você amaldiçoar a pessoa. Se fizer o pacto, você irá para o Inferno também. Isto será depois que morrer. Você não será capaz de ir para o Céu. Sua alma será mergulhada na dor por toda a eternidade. Isto é uma decisão sua…“

Reforçando que o que vai aprender com esse anime e suas reflexões, depende apenas de você mesmo… Se você quer ou não puxar o fio vermelho. Está por sua conta...

Vingança: perdoar ou retaliar?



“Enquanto dormimos
a dor que não se dissipa
cai agora a gota sobre nosso coração
até que, em meio ao desespero
e contra nossa vontade
apenas pela graça divina
vem a sabedoria”

Esses versos, escritos há 25 séculos pelo poeta grego Ésquilo, formam a mais antiga e, para muitos, a mais bela conclamação ao perdão jamais colocada em pedra, papiro, papel ou tela. Bob Kennedy recorreu a ela na tarde do dia 4 de abril de 1968 para, durante um comício, consolar a multidão revoltada com a chegada da notícia do assassinato do líder pacifista Martin Luther King. Dois meses depois, o próprio Bob seria morto a tiros.

A luta entre a sabedoria que leva ao perdão e o desejo de vingança, porém, é mais antiga do que a civilização e é provável que sobreviva a ela, pelos exemplos a que assistimos hoje por toda parte. “Eu tinha contas a ajustar com ele”, disse o judoca português Pedro Dias, que buscou forças não se sabe onde para derrotar na Olimpíada de Beijim o favorito lutador brasileiro João Derly. Dias explicou que o desejo de vingança foi sua motivação. Derly “roubara-lhe” uma namorada no passado. “Ele foi humilhado, humilhado por mim.” – Comentou Dias, porém, o sentimento durou pouco, pois ele não teve nada do que queria realmente de volta: a ex-namorada.

Parece fazer parte do mecanismo instintivo de defesa dos seres humanos responderem a um tapo com outro tapa. Dar a outra face é a exceção pregada, com sucesso duvidoso, há mais de 2000 anos pelo Cristianismo. Antes de Cristo, as religiões não apenas amparavam como incentivavam a vingança desproporcional ao agravo. O Velho Testamento é repleto de passagens “olho por olho”. Nenhuma tão constrangedora quanto aquela em que o profeta Eliseu é chamado de “careca” por um grupo de crianças e, em resposta, manda dois ursos sair da floresta e despedaçar 42 criancinhas. Deve ser o único caso registrado em que uma peruca teria evitado uma carnificina. Como instituição, a religião é má conselheira nesses casos. As guerras religiosas são sempre as mais inexplicáveis, duradouras e cruéis da história humana. Para entender a origem do desejo de vingança e aprender a domá-lo, o melhor a fazer é trafegar por fora da religião.

É voz corrente que as mulheres são mais vingativas que os homens. Há controvérsias. Mas sem dúvida a mulher é mais espalhafatosa em sua vingança. Tanto no afeto quanto na vingança, a mulher se expõe mais. Quando os casamentos infelizes eram indissolúveis também pela lei dos homens, tanto o marido quanto a mulher tendiam a se amargurar silenciosamente, vivendo separados sob o mesmo teto e evitando demonstrações públicas do fracasso do relacionamento. Hoje é tudo mais fácil do ponto de vista econômico e jurídico. Culturalmente, nem se fala. Os casamentos não costumam durar o tempo suficiente para que as mágoas acumuladas transbordem para o prato frio da vingança.

Os entendedores da mente humana enxergam em boa parte dos episódios que chamamos vingança apenas explosões momentâneas de ódio e reflexos de defesa. Vingança mesmo começa pelo coração, é tramada no cérebro, guardada na memória, e sua execução é cuidadosamente lapidada pelo inconsciente. Por que ela não se dissipa, não desaparece lentamente como o conhecimento acumulado ou o nome daquela pessoa importante com quem cruzamos no passado e que seria vital lembrar agora?

A vingança é um impulso que se desenvolve basicamente em quatro etapas. A pessoa “entende” que sofreu um dano e conclui que este foi causado por outra pessoa. Em seguida acredita que esse dano foi injusto. E, por último, sente o desejo de retaliar. A questão que se coloca a partir desse ponto é a seguinte: por que o homem carrega dentro de si o espírito vingativo?

Em visão requintada, a vingança, quando voltada para dentro do grupo, transforma-se em punição. Ela é mais cerebral, controlada. Que qualidades podem existir no ressentimento?

Por sorte, entre o desejo de vingança e a execução da ação vingativa existe espaço suficiente para o homem exercer aquilo que a Bíblia chama de livre-arbítrio. A escolha entre o bem e o mal. Refrear o desejo de vingança não é fácil quando alguém sente o coração transbordar de fúria. A urgência da reparação do rombo no ego, seja por uma injustiça pessoal pela perda brutal de alguém querido, impede que a pessoa tenha clareza para julgar em que medida o agressor deve pagar pelo que fez.

Mas qual desses elementos da natureza humana – o desejo de vingança e a capacidade de perdoar – terá dado a maior contribuição na jornada do homem até os dias de hoje? Foi através da vontade de perdoar que a humanidade conseguiu interromper longas espirais de violência provocadas pela vingança. Como o ser humano está propenso a inevitavelmente cometer alguns erros durante sua vida, nada mais normal que ter um pouco de flexibilidade para lidar com eles. Nós não poderíamos ter evoluído como espécie sem a capacidade de suportar alguns prejuízos de vez em quando.

“Deixar passar a oportunidade de vingar-se de alguém é uma maneira de prolongar relacionamentos importantes, como um casamento ou uma amizade duradoura.” Carolina Romanini.

sábado, 9 de outubro de 2010

Frases... O julgamento


"A razão pela qual algumas pessoas acham tão difícil serem felizes é porque estão sempre a julgar o passado melhor do que foi, o presente pior do que é e o futuro melhor do que será." (Marcel Pagnol)

"Quem és tu que queres julgar, / com vista que só alcança um palmo, / coisas que estão a mil milhas?" (Dante Alighieri)

"Não devemos julgar a vida dos outros, porque cada um de nós sabe de sua própria dor e renúncia. Uma coisa é você ACHAR que está no caminho certo, outra é ACHAR que seu caminho é o único!" (melhor não mencionar quem disse isso...)

"Fácil é julgar pessoas que estão sendo expostas pelas circunstâncias. Difícil é encontrar e refletir sobre seus erros, ou tentar fazer diferente algo que já fez muito errado. E é assim que perdemos pessoas especiais." (Carlos Drummond de Andrade)

"Deveríamos olhar demoradamente para nós próprios antes de pensarmos em julgar os outros."(Jean Molière)

"Nunca devemos julgar as pessoas que amamos. O amor que não é cego, não é amor."(Honoré de Balzac... Adoroooooooooo!!!!)

"Quem insiste em julgar os outros sempre tem alguma coisa pra esconder... uma intenção..."(Renato Russo)

"Quem julga as pessoas não tem tempo para amá-las."(Madre Teresa de Calcutá)

"Aprende que com a mesma severidade com que julga, você será em algum momento condenado. Aprende que o tempo não é algo que possa voltar para trás. E você aprende que realmente pode suportar... que realmente é forte, e que pode ir muito mais longe depois de pensar que não se pode mais. E que realmente a vida tem valor e que você tem valor diante da vida."(William Shakespeare)

"A maneira mais segura de se ser enganado é julgar-se melhor e o mais correto do que os outros.(François La Rochefoucauld)

"Podeis me interpretar como quiseres. Podeis me julgar como diabo ou santo, como espectro do mal ou belo anjo. Podeis fazer sobre mim o juízo de valores que quiseres dentro de ti e dos teus conceitos. Todavia, na máxima de toda a tua interpretação, é que jamais saberás realmente o que sou ou quem sou... simplesmente porque tudo aquilo que sou para ti é tudo aquilo que eu mesmo quero que seja interpretado. Nunca mostrar-te-ei tudo aquilo que existe em mim, mormente porque tudo que existe em mim é apenas meu! Sendo meu, apenas meu... não pertence a mais ninguém."(Adriano Hungaro)

"Para julgar o próximo, olhe para si mesmo, e enxergue seus próprios defeitos... Assim que enxergá-los não terás mais vontade de encontrar no outro seu próprio defeito." (Anônimo)

"...faça tudo o que quiser e siga os desejos dos seus coração. mas lembre de uma coisa: Deus o julgará por tudo o que você fizer. ECLESIASTE 11, 9."

"Grande Espírito, ajuda-me a não julgar ninguém antes de ter caminhado uma meia lua com os seus sapatos."(Oração Hindu)

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Eu mesma


Estou tão cansada! Há mais de um ano e meio eu não tenho paz na minha vida. Estou exausta sentimentalmente falando. Eu quero arremessar tudo para o alto, sair e deixar que tudo caia no chão e se parta em mil pedaços, enquanto eu dou as costas para um novo rumo.

Preciso descansar, preciso ter paz, preciso partir... Para não mais voltar, para nunca mais ver o rosto dos que me ofereceram tanto sofrimento, enquanto eu tinha o melhor de mim a dar. Não admito mais esses dissabores em minha vida, não aceito toda essa sujeira e não dou o direito a ninguém de me dizer o que devo ou não fazer. Hoje, percebi que algumas situações e pessoas ruins foram necessárias na minha vida para me tornar mais forte e dona de mim mesma.

Hoje eu sou Marina, sou menina, sou mulher, sou guerreira, sou forjada no calor da batalha...


SOU EU MESMA!

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Talvez.....

Talvez eu seja uma forte ventania... talvez eu seja uma leve brisa..
Talvez eu esteja visando o meu futuro... talvez eu esteja presa aos fantasmas do meu passado negro...
Talvez a minha vida esteja tomando um novo rumo... talvez eu esteja regredindo durante todo o tempo...
Talvez os meus olhos estejam cansados das coisas que vejo agora.... talvez o cansaço do passado esteja impedindo os meus olhos de desfrutarem o presente...
Talvez eu me contente e ser mais uma, quando na verdade eu gostaria de ser UNICA!
Talvez eu queira um pouco de calor.... talvez eu precise da sombra pois o calor excessivo tem queimado tudo o que seria bom pra mim...
Talvez eu esteja doando o meu amor.... talvez eu esteja esperando receber o amor de alguém!
Talvez eu esteja rodeada de amigos... talvez o meu corção se sinta completamente sozinho...
Talvez eu tente dizer muito com palavras quando na verdade, os meus labios não tenham nada a dizer!
Talvez eu tenho tratado como prioridade quem tem me tratado como opção...
Talvez eu esteja depositando sonhos grandes em pessoas pequenas demais para realizá-los...
Enfim... a minha vida pode ser rodeada de "talvez".....
Mas o talvez não pode ser nunca a base da minha vida!

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Eu

Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho, e desta sorte
Sou a crucificada… a dolorida…

Sombra de névoa ténue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!…

Sou aquela que passa e ninguém vê…
Sou a que chamam triste sem o ser…
Sou a que chora sem saber porquê…

Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver
E que nunca na vida me encontrou!

(Florbela Espanca)

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Mil Pedaços...



Eu não me perdi,
E mesmo assim você me abandonou...
Você quis partir, e agora estou sozinho
Mas vou me acostumar..
com o silêncio em casa, com um prato só na mesa.
Eu não me perdi,
O Sândalo perfuma o machado que-o feriu
Adeus, adeus ,adeus meu grande amor.
E tanto faz.. de tudo o que ficou,
Guardo um retrato teu,
e a saudade mais bonita.
Eu não me perdi,
e mesmo assim ninguém me perdoou..
Pobre coração - quando o teu estava comigo era tão bom.
Não sei por quê acontece assim e é sem querer
O que não era pra ser: Vou fugir dessa dor.
Meu amor
se quiseres voltar - volta não

Porque me quebraste em mil pedaços.

sábado, 18 de setembro de 2010

Tradução de Sakurairo Mauroko



Quando as cores das cerejeiras tremulam, eu estou sozinha
Continua exausta, eu não posso me libertar desses sentimentos contidos dentro de mim

Quando a cor das novas folhas balança, sentimentos transbordam
Eu perco a vista de tudo e vagueio ao seu redor

As árvores em nossa volta nos falam em silêncio
O que nós dois veríamos:
As pessoas não devem ser limitadas em um só lugar

Quando as murchas folhas mudam de cor, eu estou perto de você
E do mesmo jeito que o passar dos dias acaba, nosso amor muda

Mas por favor, deixe essas árvores
Protegerem esses sentimentos
Silenciosamente murmurando suas folhas sobre nós
Só mais uma vez…

Em breve, as estações vão passar
E nós seremos levamos a outro lugar
Mas nesse exato momento, só há uma coisa que eu sei
Me abrace, silenciosamente

Cobertos pela neve, os sentimentos se perdem
As pegadas se apagam, sons desaparecem em vão

Mas por favor, deixe essas árvores
Protegerem esses sentimentos
Pois assim, congelados na eternidade
Nós poderemos viver aqui (nós estaremos vivos aqui)

As árvores em nossa volta nos falam em silêncio
O que nós dois veríamos:
As pessoas não devem ser limitadas em um só lugar

Quando as cores das cerejeiras tremulam, eu estou sozinha
Saboreando minhas lembranças de você.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Ser normal



Hoje, eu senti uma tristeza estranha... um aperto no coração... Hoje, eu me lembrei de coisas da minha infância e percebi que, realmente, eu nunca fui muito "normal". Eu não queria as mesmas coisas que as crianças da minha idade queriam, eu não sonhava como elas, não sentia como elas. No fundo, eu sabia que nunca levaria uma vida "normal"... nunca teria os poucos sonhos que sonhei, realizados.

Minha família queria para mim uma vida como a de todos os ditos "normais": que eu estudasse, formasse, arrumasse um emprego, namorasse, casasse, tivesse filhos e morasse com minha família vivendo um vida feliz e em paz. Isso não aconteceu e não acontecerá. Eu sei disso no fundo. Eu sempre fui a "estranha" e me sentia profundamente só.

Eu queria poder sonhar como minhas amigas, casar e ter uma vida normal, mas para quê nadar contra a correnteza?

Na nossa sociedade, hipócrita e preconceituosa, você tem que amar pessoas da mesma idade, de igual posição social e intelectual, uma que a sua família aceite para que você possa se casar na igreja e dar aquela "satisfação" para a sociedade, para seus vizinhos, amigos, etc. Na vida real, na vida prática, isso não funciona. Que lindo no papel, mas não é bem assim que acontece. O coração não obedece, o corpo não quer, a alma enfraquece... Aprendemos a lutar contra nossos desejos, fazemos tudo que os outros querem, vivemos realidades e felicidades plásticas demais.

Quando eu era pequena eu acreditava em Papai Noel, duendes, magia, contos de fadas... Nas brincadeiras de criança, eu nunca fui a princesa... eu era a guerreira. Assim, eu cresci. Direto para a batalha do dia a dia. Eu adorava Joana D'arc. Minhas bonecas tinham "a vida" igual a de minhas amigas, nas brincadeiras e histórias que eu criava para elas. Até minhas bonecas tinha a "vida" normal... a vida que eu quis para mim.

Naquele quarto solitário, histórias bonitas eram escritas, criadas, mas nunca vividas... nunca iriam ser e eu sabia. Lembro-me de um Natal, aos 6 anos, que ao acordar, meu pai querido me disse que Papai Noel havia deixado um presente na árvore. Saltei da cama e lá, no pezinho da árvore, estava uma bicicleta vermelha. Fiquei muito feliz com o presente, mas eu queria mesmo ter ganhado o livrinho de mágica da fadinha Clara (história que havia escutado na escola), cuja magia e feitiços me transformariam numa pessoa igual às outras. Quanta inocência! É de rir até...

Então, cresci tendo dentro de mim a certeza de que nada na minha vida seria "normal" e que tempos dificéis viriam... cedo ou tarde. Vieram, enfim. Eu pareço mais aquele menininho robô, do filme A.I: Inteligência Artificial, que tudo que queria era encontrar a Fada Azul, para que ela o transformasse num menino de verdade, pois assim, ele achava que teria o amor de sua mãe. E ele achou a Fada Azul, porém há sonhos que não devemos sonhar. Nunca.

Se eu fosse normal, talvez eu tivesse o amor que eu queria para mim, aquele sabe... que eu nem ouso sonhar... não mais...

Nas minhas lembranças, vi a clara imagem do meu aniversário de 15 anos. Eu soprei as velas pedindo a Deus que um dia, ou em alguma vida, se eu merecer, eu pudesse ter uma vida normal... ser como qualquer pessoa... normal.

Quem sabe um dia... quem sabe...

Hoje, eu escolhi uma música, de Mika Nakashima, que adoro para vocês, meus queridos. E eu os desejo uma vida feliz, linda e normal... tudo que eu não poderei ter.

Um grande abraço,

Marina Nazle Abras.

sábado, 11 de setembro de 2010

Eu prefiro...



"É melhor tentar e falhar que ocupar-se em ver a vida passar. É melhor tentar, ainda que em vão, que nada fazer. Eu prefiro caminhar na chuva a, em dias tristes, me esconder em casa. Mesmo as noites totalmente sem estrelas podem anunciar a aurora de uma grande realização. Mesmo se eu soubesse que amanhã o mundo se partiria em pedaços, eu ainda plantaria a minha macieira. O ódio paralisa a vida; o amor a desata. O ódio confunde a vida; o amor a harmoniza. O ódio escurece a vida; o amor a ilumina. O amor é a única força capaz de transformar um inimigo num amigo..."

Martin Luther King

Projeção



"Sabe,eu me perguntava até que ponto você era aquilo que eu via em você ou apenas aquilo que eu queria ver em você, eu queria saber até que ponto você não era apenas uma projeção daquilo que eu sentia,e se era assim, até quando eu conseguiria ver em você todas essas coisas que me fascinavam e que no fundo, sempre no fundo, talvez nem fossem suas, mas minhas, e pensava que amar era só conseguir ver,e desamar era não mais conseguir ver,entende?"

Palavras...



"O amor não lembra do que precisa. Amor é não precisar de nada. É precisar do que acontece depois do nada, ainda que não aconteça. O amor confunde para se chegar ao mistério. Embaralha para não se ouvir. Perde-se no próprio amor a capacidade de amar. Amor é comer a fruta do chão. O chão da fruta. O amor queima os papéis, os compromissos, os telefones onde havia nomes. O amor não se demora em versos, se demora no assobio do que poderia ser um verso. O amor é uma amizade que não foi compreendida, uma lealdade que foi quebrada. O amor é um desencontro por dentro.''

Fabricio Carpinejar

"Ama e faz o que quiseres. Se calares, calarás com amor; se gritares, gritarás com amor; se corrigires, corrigirás com amor; se perdoares, perdoarás com amor. Se tiveres o amor enraizado em ti, nenhuma coisa senão o amor serão os teus frutos."

Santo Agostinho


"Te desejo uma fé enorme, em qualquer coisa, não importa o quê, como aquela fé que a gente teve um dia, me deseja também uma coisa bem bonita, uma coisa qualquer maravilhosa, que me faça acreditar em tudo de novo, que nos faça acreditar em tudo outra vez."

Caio Fernando Abreu

Engano



Agora o amor acabou,
Achei que era pra sempre..
Será que era amor?
O sentimento se foi..
E você não tentou recuperá-lo,
Nem ao menos superá-lo..
Você nunca me amou!
De nada adiantou.
Não era recíproco,
Você não me amou..
Corri atrás, chorei, me desesperei
E só agora vejo quanto tempo esperei..
Desisti do sentimento,
Que passou para sofrimento..
Virou quase um tormento!
Até sei que errei..
Mas agora superei.
Do amor desisti..
Muito me feri.
E não há cabimento
Para nesse amor insistir.

O amor acabou



Quando foi que o amor se acabou e o príncipe virou sapo e a princesa desencantou? Provavelmente depois de tantos beijos não dados, de tantos momentos deixados de lado, de tanto monólogo de ambas as partes. Em geral, o amor assiste à própria morte e resta silencioso. Ou ele grita por socorro e as pessoas se fazem de surdas. O mais difícil no fim de um relacionamento é admitir que tudo acabou.

Há pessoas que insistem simplesmente porque não querem admitir o fim. E caminham vagarosamente na vida, vivendo o dia-a-dia como se não houvesse o depois. Mas a vida não acaba quando morre um amor. Ela simplesmente passa por uma transição que, como todas, é freqüentemente dolorida. Tememos as mudanças porque tememos o desconhecido. Mas o que é o desconhecido?

Mesmo o dia de amanhã, não podemos tocá-lo até que ele chegue a nós, não podemos sabê-lo até que chegue o momento em que, mergulhados, precisamos vivê-lo. Aceitar a morte, qualquer que seja, é reconhecer nossa vulnerabilidade diante da vida. E somos seres orgulhosos por demais para querer reconhecer nossa fragilidade ante o que não podemos controlar. E a vida não se controla.

Ela se abate sobre nossas cabeças e tudo o que podemos fazer é vivê-la o mais intensamente possível com todos os riscos e perigos que ela nos impõe, com todas as surpresas, que ela nos reserva. Precisamos é tirar o melhor partido do que está nas nossas mãos e reconhecer que pra todo fim há sempre um recomeço. Uma perda é quase sempre um ganho, é muitas vezes a válvula propulsora para uma nova vida, uma nova história, um novo amanhã.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

How fair this place... - Sarah Brightman



Belíssima música interpretada por Sarah Brightman, uma de minhas cantoras favoritas. Parece um anjo cantando. A primeira vez que ouvi, logo senti um despertar de sentidos... algo que não sei como descrever em palavras. Pode-se notar que eu amo música. Escuto de tudo, mas meu estilo favorito é o Lírico. Hoje, escolho How Fair This Place, de Sergei Rachmaninov (1873-1943) e letra de G. Galina, para que vocês possam ouvir e apreciar.

Tenham um bom dia, meus queridos!
_______________________________________________________
(Tradução em inglês)

It is beautiful here
It is beautiful here ...
Look, in the distance
The river sparkles like fire,
The meadows stretch out like a coloured carpet,
The clouds are growing white.

There are no people here ...
There is just silence here ...
Only God and I are here.
Flowers, and an old pine tree,
And you, my daydream!

And you, my daydream!

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Nas zonas inferiores - Por André Luiz


Eu guardava a impressão de haver perdido a idéia de tempo. A noção de espaço esvaíra-se-me de há muito. Estava convicto de não mais pertencer ao número dos encarnados no mundo e, no entanto, meus pulmões respiravam a longos haustos. Desde quando me tornara joguete de forças irresistíveis? Impossível esclarecer.

Sentia-me, na verdade, amargurado duende nas grades escuras do horror. Cabelos eriçados, coração aos saltos, medo terrível senhoreando-me, muita vez gritei como louco, implorei piedade e clamei contra o doloroso desânimo que me subjugava o espírito; mas, quando o silêncio implacável não me absorvia a voz estentórica, lamentos mais comovedores, que os meus, respondiam-me aos clamores. Outras vezes gargalhadas sinistras rasgavam a quietude ambiente. Algum companheiro desconhecido estaria, a meu ver, prisioneiro da loucura. Formas diabólicas, rostos alvares, expressões animalescas surgiam, de quando em quando, agravando-me o assombro. A paisagem, quando não totalmente escura, parecia banhada de luz alvacenta, como que amortalhada em neblina espessa, que os raios de Sol aquecessem de muito longe.

E a estranha vi agem prosseguia... Com que fim? Quem o poderia dizer? Apenas sabia que fugia sempre... O medo me impelia de roldão. Onde o lar, a esposa, os filhos? Perdera toda a noção de rumo. O receio do ignoto e o pavor da treva absorviam-me todas as faculdades de raciocínio, logo que me desprendera dos últimos laços físicos, em pleno sepulcro!

Atormentava-me a consciência: preferiria a ausência total da razão, o não-ser. De início, as lágrimas lavavam-me incessantemente o rosto e apenas, em minutos raros, felicitava-me a bênção do sono. Interrompia-se, porém, bruscamente, a sensação de alívio. Seres monstruosos acordavam-me, irônicos; era imprescindível fugir deles. Reconhecia, agora, a esfera diferente a erguer-se da poalha do mundo e, todavia, era tarde. Pensamentos angustiosos atritavam-me o cérebro. Mal delineava projetos de solução, incidentes numerosos impeliam-me a considerações
estonteantes. Em momento algum, o problema religioso surgiu tão profundo a meus olhos. Os princípios puramente filosóficos, políticos e científicos, figuravam-se-me agora extremamente secundários para a vi da humana. Significavam, a meu ver, valioso patrimônio nos planos da Terra, mas urgia reconhecer que a humanidade não se constitui de gerações transitórias e sim de Espíritos eternos, a caminho de gloriosa destinação.


Verificava que alguma coisa permanece acima de toda cogitação meramente intelectual. Esse algo é a fé, manifestação divina ao homem. Semelhante análise surgia, contudo, tardiamente. De fato, conhecia as letras do Velho Testamento e muita vez folheara o Evangelho; entretanto, era forçoso reconhecer que nunca procurara as letras sagradas com a luz do coração. Identificava-as através da crítica de escritores menos afeitos ao sentimento e à consciência, ou em pleno desacordo com as verdades essenciais.

Noutras ocasiões, interpretava-as com o sacerdócio organizado, sem sair j amais do círculo de contradições, onde estacionara voluntariamente. Em verdade, não fora um criminoso, no meu próprio conceito. A filosofia do imediatismo, porém, absorvera-me. A existência terrestre, que a morte transformara, não fora assinalada de lances diferentes da craveira comum.

Filho de pais talvez excessivamente generosos, conquistara meus títulos universitários sem maior sacrifício, compartilhara os vícios da mocidade do meu tempo, organizara o lar, conseguira filhos, perseguira situações estáveis que garantissem a tranqüilidade econômica do meu grupo familiar, mas, examinando atentamente a mim mesmo, algo me fazia experimentar a noção de tempo perdido, com a silenciosa acusação da consciência.

Habitara a Terra, gozara-lhe os bens, colhera as bênçãos da vida, mas não lhe retribuíra ceitil do débito enorme. Tivera pais, cuja generosidade e sacrifícios por mim nunca avaliei; esposa e filhos que prendera, ferozmente, nas teias rijas do egoísmo destruidor. Possuíra um lar que fechei a todos os que palmilhavam o deserto da angústia. Deliciara-me com os júbilos da família, esquecido de estender essa benção divina à imensa família humana, surdo a comezinhos deveres de fraternidade.

Enfim, como a flor de estufa, não suportava agora o clima das realidades eternas. Não desenvolvera os germes divinos que o Senhor da Vida colocara em minha alma. Sufocara-os,
criminosamente, no desejo incontido de bem estar. Não adestrara órgãos para a vida nova. Era justo, pois, que aí despertasse à maneira de aleijado que, restituído ao rio infinito da eternidade, não pudesse acompanhar senão compulsoriamente a carreira incessante das águas; ou como mendigo infeliz, que, exausto em pleno deserto, perambula à mercê de impetuosos tufões.

Oh! amigos da Terra! quantos de vós podereis evitar o caminho da amargura com o preparo dos campos interiores do coração? Acendei vossas luzes antes de atravessar a grande sombra. Buscai a verdade, antes que a verdade vos surpreenda. Suai agora para não chorardes depois.

Umbral



(Trecho retirado do livro, Nosso Lar, psicografado por Chico Xavier - página 17, título Nas zonas inferiores)

Após receber tão valiosas elucidações, aguçava-se-me o desejo de
intensificar a aquisição de conhecimentos relativos a diversos problemas
que a palavra de Lísias sugeria. As referências a espíritos do Umbral
mordiam-me a curiosidade. A ausência de preparação religiosa, no mundo,
dá motivo a dolorosas perturbações. Que seria o Umbral? Conhecia, apenas,
a idéia do inferno e do purgatório, através dos sermões ouvidos nas
cerimônias católico-romanas a que assistira, obedecendo a preceitos
protocolares. Desse Umbral, porém, nunca tivera notícias.

Ao primeiro encontro com o generoso visitador, minhas perguntas não
se fizeram esperar. Lísias ouviu-me, atencioso, e replicou:

- Ora, ora, pois você andou detido por lá tanto tempo e não conhece a região?

Recordei os sofrimentos passados, experimentando arrepios de horror.

- O Umbral - continuou ele, solícito - começa na crosta terrestre. É a
zona obscura de quantos no mundo não se resolveram a atravessar as portas
dos deveres sagrados, a fim de cumpri-los, demorando-se no vale da indecisão ou
no pântano dos erros numerosos. Quando o espírito reencarna, promete cumprir
o programa de serviços do Pai; entretanto, ao recapitular experiências no planeta,
é muito difícil fazê-lo, para só procurar o que lhe satisfaça ao egoísmo. Assim é que
mantidos são o mesmo ódio aos adversários e a mesma paixão pelos amigos. Mas, nem o ódio é justiça, nem a paixão é amor. Tudo o que excede, sem aproveitamento, prejudica a economia da vida. Pois bem: todas as multidões de desequilibrados permanecem nas regiões nevoentas, que se seguem aos fluidos carnais. O dever cumprido é uma porta que atravessamos no Infinito, rumo ao continente sagrado da união com o Senhor. É natural, portanto, que o homem esquivo à obrigação justa, tenha
essa bênção indefinidamente adiada.

Notando-me a dificuldade para apreender todo o conteúdo do ensinamento, com vistas à minha quase total ignorância dos princípios
espirituais, Lísias procurou tornar a lição mais clara:

- Imagine que cada um de nós, renascendo no planeta, somos portadores de um fato sujo, para lavar no tanque da vida humana. Essa roupa imunda é o corpo causal, tecido por nossas mãos, nas experiências anteriores. Compartilhando, de novo, as bênçãos da oportunidade terrestre, esquecemos, porém, o objetivo essencial, e, ao invés de nos purificarmos pelo esforço da lavagem, manchamo-nos ainda mais, contraindo novos laços e encarcerando-nos a nós mesmos em verdadeira escravidão. Ora, se ao voltarmos ao mundo procurávamos um meio de fugir à sujidade, pelo desacordo de nossa situação com o meio elevado, como regressar a esse mesmo ambiente luminoso, em piores condições? O Umbral funciona, portanto, como região destinada a esgotamento de resíduos mentais; uma espécie de zona purgatorial, onde se queima a prestações o material deteriorado das ilusões que a criatura adquiriu por atacado, menosprezando o sublime ensejo de uma existência terrena.

A imagem não podia ser mais clara, mais convincente. Não havia como disfarçar minha justa admiração. Compreendendo o efeito benéfico que me traziam aqueles esclarecimentos, Lísias continuou:

- O Umbral é região de profundo interesse para quem esteja na Terra. Concentra-se, aí, tudo o que não tem finalidade para a vida superior. E note você que a Providência Divina agiu sabiamente, permitindo se criasse tal departamento em torno do planeta. Há legiões compactas de almas irresolutas e ignorantes, que não são suficientemente perversas para serem enviadas a colônias de reparação mais dolorosa, nem bastante nobres para serem conduzidas a planos de elevação. Representam fileiras de habitantes do Umbral, companheiros imediatos dos homens encarnados, separados
deles apenas por leis vibratórias. Não é de estranhar, portanto, que
semelhantes lugares se caracterizem por grandes perturbações. Lá vivem, agrupam-se, os revoltados de toda espécie. Formam, igualmente, núcleos invisíveis de notável poder, pela concentração das tendências e desejos gerais. Muita gente da Terra não recorda que se desespera quando o carteiro não vem, quando o comboio não aparece? Pois o Umbral está repleto de desesperados. Por não encontrarem o Senhor à disposição dos seus caprichos, após a morte do corpo físico, e, sentindo que a coroa da vida eterna é a glória intransferível dos que trabalham com o Pai, essas criaturas
se revelam e demoram em mesquinhas edificações. "Nosso Lar" tem uma sociedade espiritual, mas esses núcleos possuem infelizes, malfeitores vagabundos de várias categorias. É zona de verdugos e vítimas, de exploradores e explorados.

Valendo-me da pausa, que se fizera espontânea, exclamei, impressionado:

- Como explicar? Então não há por lá defesa, organização?

Sorriu o interlocutor, esclarecendo:

- Organização é atributo dos espíritos organizados. Que quer você? A zona inferior a que nos referimos é qual a casa onde não há pão: todos gritam e ninguém tem razão. O viajante distraído perde o comboio, o agricultor que não semeou não pode colher. Uma certeza, porém, posso dar-lhe:

- não obstante as sombras e angústias do Umbral, nunca faltou lá a proteção divina. Cada espírito lá permanece o tempo que se faça necessário. Para isso, meu amigo, permitiu o Senhor se erigissem muitas colônias como esta, consagradas ao trabalho e ao socorro espiritual.

- Creio, então - observei -, que essa esfera se mistura quase com a esfera dos homens.

- Sim - confirmou o dedicado amigo -, e é nessa zona que se estendem os fios invisíveis que ligam as mentes humanas entre si O plano está repleto de desencarnados e de formas-pensamento dos encarnados, porque, em verdade, todo espírito, esteja onde estiver, é um núcleo irradiante de forças que criam, transformam ou destroem, exteriorizadas em vibrações que a ciência terrestre presentemente não pode compreender. Quem pensa, está fazendo alguma coisa alhures. E é pelo pensamento que os homens encontram no Umbral os companheiros que afinam com as tendências de cada um. Toda alma é um ímã poderoso. Há uma extensa humanidade
invisível, que se segue à humanidade visível. As missões mais laboriosas do Ministério do Auxílio são constituídas por abnegados servidores, no Umbral, porque se a tarefa dos bombeiros nas grandes cidades terrenas é difícil, pelas labaredas
e ondas de fumo que os defrontam, os missionários do Umbral encontram fluidos pesadíssimos emitidos, sem cessar, por milhares de mentes desequilibradas, na prática do mal, ou terrivelmente flageladas nos sofrimentos retificadores. É necessário muita coragem e muita renúncia para ajudar a quem nada compreende do auxílio que se lhe oferece.

Interrompera-se Lísias. Sumamente impressionado, exclamei:

- Ah! como desejo trabalhar junto dessas legiões de infelizes, levando-lhes o pão espiritual do esclarecimento!

O enfermeiro amigo fixou-me bondosamente, e, depois de meditar em silêncio, por largos instantes, acentuou, ao despedir-se:

- Será que você se sente com o preparo indispensável a semelhante serviço?

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Ao amor que se foi




Foi só muito amor
Muito amor demais
Foi tanta a paixão
Que o meu coração, amor
Nem soube mais
Inventei a dor
E como ela nos doeu

Ah, que solidão buscar perdão
No corpo teu
Tanto tempo faz
Tens um outro amor, eu sei
Mas nunca terás
A dor a mais
Como eu te dei
Porque a dor a mais
Só na paixão
Com que eu te amei

(Vinicius de Moraes)

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Nosso Lar - Making of






É para todos nós... Vale a pena ver, independente de religião... de qualquer coisa... Vale a pena conferir. Eu estava esperando algo assim para sair da minha casa. Não tenho visto filmes bons ultimamente, algo que me envolva completamente. Tenho certeza de que Nosso Lar superará minhas expectativas.

Thank you, God!

NOSSO LAR



Nossa! Mal posso esperar para ver! Esse filme eu faço questão de ver na primeira fileira do cinema. Claro que não irei esquecer do meu lençinho, pois tenho certeza que vou chorar.

Quem leu esse livro, Nosso Lar, sabe, ainda que de forma bem simples, da grandiosidade do Amor Divino. Eu creio em Vida após a Vida e estou colocando em V maiúsculo por querer mesmo. Eu creio em Deus.

Fiquei até empolgada!

Alexandreeeeeeeee, esse é para nós, amigo!!!! E vamos ao cinema!!!! ;-)

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

A sombra


... (continuação)


As criaturas que não podem admitir honestamente suas próprias tendências e desejos inadequados vivem distraídas na superfície das tarefas espirituais e nunca chamam realmente as coisas que sentem pelos seus "nomes verdadeiros".


O desequilíbrio exterior, em última análise, é sempre correspondente à nossa própria desarmonia interior, residindo em nós, portanto, a decisão de concretizar a renovação íntima e, dessa forma, restaurar igualmente a harmonia externa. Esse entendimento é o passo primordial para a nossa recuperação fisiopsíquica.


As pessoas que afirmam de modo conformista: "peguei" uma vibração negativa! é porque ainda não reconheceram a interligação entre os próprios sentimentos e os fatos que acontecem ao seu derredor. Não se sentem responsáveis, porque desconhecem o nível de consciência com que atraem, emitem ou repelem as energias que os circundam, sempre pondo a culpa nas circunstâncias, nos outros.


A existência vivida na consciência oferece mais segurança e controle do que a vivida na incosnciência. A pessoa que aceita total responsabilidade por tudo que acontece em sua vida cria um mundo melhor para si e para todos aqueles com quem interage.


"Não sou responsável; estava fora de mim naquele exato momento", dizem alguns. Querendo ou não, somos nós que escolhemos nossas decisões e atitudes. Se dissociamos a causa do efeito de nossos atos, enfraquecemos cada vez mais o senso de ligação entre nós e os acontecimentos.


A Vida não é injusta. Temos o que merecemos. Não somos vítimas impotentes vivendo um destino impiedoso. É só parar para pensar o motivo de tudo.


Sintonia é o estado em que se encontram duas pessoas que se acham numa mesma igualdade de emoção, ponto de vista, crença ou pensamento.


O homem que não enxerga sua "sombra" prolonga a fase de viver na infantilidade espiritual. Permanece utilizando mal sua capacidade energética, atraindo impurezas ou emanações deletérias dos ambientes. Realiza constante "sucção fluídica", absorvendo ou recolhendo, sem que perceba, miasmas astrais.


Todos precisamos de momentos de silenciosa reflexão para entrarmos em contato com nosso "universo íntimo". Visualizemos alguém ou alguma situação de que realmente não gostamos. Deixemo-nos envolver pela emoção que sentimos em relação a tudo isso. A partir daí, entremos em contato com essa sensação e/ou mensagem. Essa comunicação poderá ser a "ponte elucidativa" entre algo que não aceitamos em nós mesmos e aquilo que se encontra submerso em nosso lado "sombra".


Em suma, nossa melhor defesa contra os assédios espirituais é a auto-responsabilidade. Perante as vissicitudes da vida, não mais nos tornemos pobres vítimas, mas sim, vejamos como podemos transformar-nos e desenvolver nossas potencialidades. Onde está o ponto de deficiência que EU preciso mudar?