Madrugada de amenidades

Eu tenho trabalhado muito para compensar muita coisa. Trabalho é a minha válvula de escape e quase sempre funciona bem. Eu realmente esqueço as coisas ruins.

Eu hoje estava lembrando como eu era inocente em certos aspectos e como as pessoas me faziam de boba. Até hoje querem fazer, mas com as piores pessoas eu aprendi que basta um simples teste para saber a intenção por trás de tudo, o interesse real e sentimento. E como caem na própria armadilha, gente!!!! Nossa, é algo instantâneo. Hoje eu estava falando exatamente sobre isso com Eve, uma amiga sueca. É incrível, parece coisa cultural mesmo... aquele jeitinho brasileiro de sempre levar vantagem em tudo, pois suecos não conseguem pensar de tal forma. Não conseguem passar a perna, enganar, levar vantagem em algo. Eles não têm esse tipo de pensamento.

Que triste é uma pessoa que só sabe agir assim na vida! Que essência é essa? Que vazio é alguém que só pensa assim! E o pior agora é que é só aplicar o "teste drive" que acabam se revelando. Mas o que é pior ainda é perceber que funciona sempre e... essas pessoas tentam te enganar todos os dias.

Sabe, por isso na maioria das vezes eu me tranco. Acreditar agora é algo quase impossível para mim. Sou daquelas pessoas que já sofreram tanto que não confio de modo algum. Não consigo mais. Alguns estragos na alma não dão para reparar, mas graças a Deus eu mantive meu caráter e meu desejo de nunca me vingar. Eu tenho aprendido muito mais com suecos do que com as pessoas daqui. Eu invejo a "inocência" deles e aquele jeito tímido. Não há jeitinho brasileiro na Suécia. É 8 ou 80, não tem meio termo e é exatamente isso que tem me dado uma certa paz.

Falar com esses meus amigos da Terrinha Gelada tem sido uma das melhores horas do meu dia. Nota-se pelo tópico das conversas, que são mais suaves, jamais agressivas. Não sabem nem falar um palavrão direito, hahahaha. Brincadeira. J. tentou gritar alguns no Mineirão, mas faltou agressividade, "feeling" nas palavras carregadas de ódio. Coisa mais engraçada foi ver aquele gigante loiro, única laranja num cesto de maçãs, gritando para o juiz. O coitado nem sabia o que estava gritando... melhor ele nunca saber, mas acabou se destacando no meio do povaréu condenando a mãe do Juiz ao inferno escaldante.

Conversando com Eve sobre isso hoje... agora a pouco, aliás, rimos e nos divertimos disso. Pena que não tem foto para ilustrar a situação, pois foi engraçado demais. Estou tentando imaginar como suecos xingariam a mãe do juiz "Que sua mãe vá plantar batatas no asfalto... aquela senhora rosa redondinha!". Fala sério! Suecos xingando a mãe dos outros? Quando? Nunca vi... só mesmo no Mineirão e eles nem sabiam o que estavam falando, claro.

Já são 2 horas da manhã, Eve ja saiu do MSN, portanto vou terminar por aqui.

Bom sonhos a todos! Zzzzzzzzzzzzzz

S2