segunda-feira, 6 de junho de 2011

Amar pode dar certo


" Os maiores inimigos do amor são o medo e a indiferença. O medo estiola a pul sação vital e transforma o amor em angústia. A indiferença supõe a morte do amor. As pessoas antes amadas, na indiferença, perdem significação; o fascínio por elas empalidece, o imaginário se esvazia e o desejo se apaga. A autenticidade do amor se mede na capacidade de sofrer por causa do amor, de sustentar a relação para além da satisfação imediata, no entendimento de que todo amor humano se realiza dentro de um encontro, de uma história de encontro, até fundir as vidas numa única direção, numa interpenetração de desejos, de sentimentos e de destino. Em vez de nos decepcionarmos com o amor, é importante que nos questionemos a respeito da nossa forma de amar e sobre as idéias que temos quando resolvemos viver com alguém. Esses anos de mudanças radicais no mundo, precisamos ter a coragem e a criatividade para novamente valorizar o amor e construir maneiras diferentes de estar com alguém.

Hoje, as pressões são tão intensas que o relacionamento em que o casal não for amigo
estará condenado à separação. no meio de tanta angústia só há uma forma de caminhar
para a solução: sentar para conversar e um procurar compreender o mundo do outro, sem
críticas nem julgamentos, mas com a curiosidade de uma criança que abre um presente
novo. É fundamental que os dois se unam para conseguir sonhar juntos, fazer planos e realizar suas metas. Compreensão passou a ser uma virtude fundamen tal para quem quer amar. Aquele que pressiona o outro vai ser deixado de lado, porque já temos muito mais cobranças do que podemos suportar. A sedução (essa capacidade de despertar no outro o desejo de nos amar) passou a ser importantíssima, pois nos convida a estar junto sem cobranças - como se estar juntos fosse um dever a cumprir.

Ninguém consegue viver um grande amor sem realizar mudanças profundas em sua maneira de pensar e agir. e isso assusta as pessoas. para viver o amor, é preciso abandonar
ambições impossíveis e aprender a ser simples. as dificuldades surgem porque o ser
humano é mestre na arte de complicar e completamente inábil na arte de simplificar. Amor não é cobrar por suas ações. há uma confusão muito grande entre o amor verdadeiro e um produto similar chamado amor de troca — uma conduta usada como moeda para dar direito a cobrar determinados comportamentos dos companheiros. exemplo típico é a eterna cobrança “eu sempre cuidei de você, e agora..."

Amar não é se anular para fazer o outro feliz, o amor não cria o eterno sofrimento de
estarmos sempre por baixo no relacionamento. amar não é viver assustado, pro curando
adivinhar o que o parceiro quer, para obter sua aprovação ou temendo o seu mau humor.
o sentimento do amor nos dignifica e nos dá a verdadeira dimensão do nosso valor; faz-nos sentir que pertencemos à raça humana e que não somos meros complementos um do outro..."

Roberto Shinyashiki

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