sábado, 1 de janeiro de 2011

Um trecho da carta de Corinne a Lketinga



...Um dia o Massai, marido de Corinne começa a evidenciar ciúmes desmedidos, a ponto de Corinne não poder falar com ninguém e ela sente-se aprisionada. Lketinga enlouquece de ciúmes e trata mal todos quantos se abeiram de Corinne, incluindo clientes da loja. Lketinga, como é peculiar nos homens africanos, sente-se dono de Corinne e é muito difícil ele entender que é essa situação que está a matar aquela mulher que o adora. No seu ciúme desenfreado acusa a sua mulher de ter amantes.

Corrinne convence-o que vai á Suiça de férias e que volta, como já voltou de outras vezes, mas ela sabe que não voltará mais. Morta de desgosto, sabe que pela sua filha e por ela própria tem de partir. Já da suiça no conforto da casa da mãe, escreve uma linda carta de amor a seu homem, que revela toda a preocupação que tem com ele, a quem deixou no Quénia uma fortuna, tornando-o num homem rico, mas que lógicamente ele não sabe admnistrar.

Aqui fica um pequeno excerto dessa carta:

"Eu fico com Napirai porque ela é a única coisa que me resta. Sei também que não voltarei a ter mais filhos e sem Napirai não conseguiria continuar a viver.Ela é a minha vida.Por favor, Lketinga perdoa-me. Há muito tempo que não tenho forças suficientes para continuar a viver no Quénia. Aí estive sempre muito sózinha, não tinha ninguém e tu trataste-me como uma criminosa. Talvez não o percebas, é assim em Àfrica."

Corinne viveu quatro anos no mato do Quénia. Passou pelo Cèu e Inferno. Foi a maior luta de sobrevivêcia dela e de sua filha. Mas venceram essa luta. Separou-se de seu marido, mas continua a ajudá-lo financeiramente como antes.

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