sexta-feira, 1 de abril de 2011

Tantra e sexo

Tantra é sexo?

Não. Tantra não está ligado a incríveis performances sexuais, orgias mirabolantes ou sexo grupal como frequentemente se propaga por aí. O Kama Sutra e o Maithuna nada têm a ver com o Tantra, pois pertencem a histórias bem diferentes. Por razões tendenciosas, o Kama Sutra e o Maithuna foram integrados ao Tantra, mas não o são.

Os adeptos que se aproximam do Tantra com o interesse meramente sexual não conseguem alterar seu padrão energético e vibratório. Essa motivação sexual oferece inúmeros desequilíbrios energéticos que interferem no processo de desenvolvimento dos grupos.

O Tantra elabora suas performances baseadas em meditações ativas e vivências, com o objetivo de potencializar a sensibilidade e a percepção da energia, mas sem utilizar-se de rituais, oferecendo ao indivíduo toda a liberdade que necessita para perceber e sentir. O Tantra não é um manual de sexo, de posturas rituais rígidas e dogmáticas. O Tantra trata da nossa relação com a energia; da forma como nos apropriamos da energia, da relação com os Chakras - Centros energéticos localizados no corpo; de como a energia é direcionada a partir dos centros para a otimização do viver em vários níveis, num processo de múltiplas transcendências. O Tantra aprimora a percepção da energia e potencializa muito a sensibilização do prazer, utilizando-se de abordagens bem específicas.

Tantra começa com um trabalho corporal onde o corpo é o inicio, o meio e o fim em si mesmo. Entretanto, o corpo tem nuances que desconhecemos e que só são possíveis de alcançar com a depuração da sensibilidade. Trazemos no corpo as marcas de fortes condicionamentos impostos pela sociedade ao longo de nossas vidas. Os trabalhos com o Tantra objetivam o descondicionamento do corpo, da mente, das emoções e do espírito.

O corpo é o caminho para uma compreensão profunda, que diz respeito aos nossos medos e fraquezas, nossos sentimentos de inferioridade ou de grandeza; as atitudes comportamentais que adquirimos para sobrevivermos no meio social.

Podemos afirmar, portanto, que o Tantra é sensorial e desrepressor.

"O sexo é a energia mais vital do homem e não deveria constituir um fim em si mesmo. O sexo deveria guiar o homem até sua alma. O objetivo é desde a luxúria até a luz”" (Osho - Do sexo à Supraconsciência.)

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