sábado, 26 de fevereiro de 2011

Soneto da Despedida



(de Antonio Miranda Fernandes)

Não tenho como saber se te encontrarás
No tempo casual que buscas
Num espaço incerto que persegues
Mas se acontecer e se me vires nada digas
Eu terei na retina o que pensaste ter-me escondido
E do silêncio da minha voz nada ouvirás
Nem ecos eu tenho para os teus ouvidos
Mas sei que irás sentir do meu olhar
O poema da despedida
Se a tua voz atrevida falar de chegada
Ela colherá das minhas mãos o tempo de dar
Não fará falta no meu existir uma lasca de vida
Já vim feito com o dom de doar
Esperei todos os dias pela manhã do amanhã
Mas ela não voltou
E toda claridade trouxe apenas ontem
Ouvi nas madrugadas algumas melodias repetitivas
Intercaladas de longas horas vazias
Rareiam os poetas
E os corações românticos para ouvi-los
Eu prossigo sem me perder
Estarás para sempre presença que preferiu partir
Não tenho como saber se te encontrarás

Tradução de Badema- Urga

Atendendo a um pedido de Érica eu colocarei aqui a tradução da música de um dos meus posts, Badema - Urga. Obrigada, Érica, por ler o blog.


Aqui está a tradução literal da música em dialeto mongol:


"Mesmo que seja delicioso, não mergulhe sua mão/boca.

Mesmo que seja ouro, que não grude no seu corpo.

Mesmo que seja delicioso, não mergulhe sua mão/boca.

E a meu lindo querido que foi para tão longe parece que não voltará mais

Onde? Não há sombra...

Onde está meu querido marido...

Está no meu coração e alma..."


sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Beija...



Escolher uma poesia para alguém que mal sabe a língua portuguesa é difícil porque as palavras e o sentido se perde...


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Vivo sonhando acordado
Encontro teus lábios nos meus
Já não durmo direito
Sonhando com o beijo teu

Meu maior desejo
Primeiro beijo
Este pensamento me devora
Seu beijo me acorda

Meu corpo te quer em mim
O resto da noite sem fim
Um eterno pecado
Seu corpo no meu colado
Sentindo cada sabor
Do primeiro beijo de amor

E da noite de amor
Os corpos encaixados
Carinhos ousados
Seu beijo me dá asas
Me leva ao paraíso

Vendo o sol chegar
Quero de novo te beijar
Não dá para esquecer
No corpo ficou marcado

Um canto florido
Perfume de flores
Carrego no corpo
Para te entregar meu amor

Me beija agora
Cansei da demora
Não espere outra noite
Venha comigo estar
O primeiro beijo
Até a noite acabar

Beija...

sábado, 12 de fevereiro de 2011

O caso real - Baniszewski





Cuidado: Esta postagem contem detalhes de tortura.

Gertrude Baniszewski

O caso se passou em Indianapolis, Indiana, USA Gertrude Nadine Baniszewski (née van Fossan) (19 de setembro, 1929 – 16 de junho, 1990).

Também conhecida como Gertrude Wright e Nadine Van Fossan, era uma mulher divorciada que com a ajuda de alguns de seus filhos e filhos de vizinhos, tais como Ricky Hobbs e Coy Hubbard, administrou e facilitou a prolongada tortura, mutilação, e eventual assassinato de Sylvia Likens, uma adolescente que ela levou para seu lar. ( também levou a irmã de Sylvia)

Quando foi condenada por assassinato em primeiro grau (premeditado) em 1966, o caso foi chamado de " O PIOR ato criminoso contra um individuo na História de Indiana". O caso desde então recebeu inúmeras adaptações tanto imaginárias quanto reais.
Uma das mais recentes é o filme : Um crime Americano. Estrelando Catherine Keener no papel de Gertrude Baniszewski e Ellen Page no de Sylvia Likens, foi estreado em 2008.

O Filme é forte, mas eles não mostraram tudo. Eles mostram a parte da garrafa, as partes em que as crianças a queimam e batem e a que ela é marcada com uma frase no abdomem "Eu sou uma prostituta e tenho orgulho disso". Isto já é chocante! Imagina se eles a mostram comendo fezes, ou o dia em que ela apanhou com o cabo de vassoura na cabeça! Enfim cortaram bastante. Ainda bem! Só não gostei muito do final que mostra ela em espírito. Outra coisa, colocaram o namorado novinho da Gertrude no filme sendo que ele nem chegou a ver a Sylvia.


A Vida antes de Sylvia Likens:


Baniszewski nasceu em 1929. Pais: Hugh M. e Mollie M. Van Fossan, Gertrude foi a terceira de 6 filhos. Em 1940, Baniszewski viu seu pai, de quem ela era próxima, morrer de um ataque do coração. Cinco anos depois, ela largou a escola na idade de 16para se casar com o deputado de 18 anos, John Baniszewski, com quem teve 4 filhos. Mesmo John tendo um temperamento instável, os dois ficaram juntos por 10 anos. Depois se divorciaram. Após um casamento curto com um homem chamado Edward Guthrie, Gertrude e John se casaram novamente e tiveram mais 2 filhos, antes de se divorciar permanentemente em 1963. Baniszewski, então com 34, se mudou com Dennis Lee Wright 23 anos, este abusou dela. Eles tiveram um filho, Dennis Jr., mas após seu nascimento Wright abandonou Baniszewski e desapareceu.

Sylvia Likens :

Em julho de 1965, Lester e Betty Likens, Viajantes trabalhadores de um parque de diversões. Sugeriram que Gertrude cuidasse de suas duas filhas - Sylvia Marie Likens, 16, e Jenny Faye Likens, 15. Em retorno lhe dariam $20 por semana enquanto trabalhavam em algumas cidades do país. As meninas frequentavam a mesma escola e funções sociais que os filhos de Baniszewski, assim como frequentavam a igreja com Gertrude Baniszewski aos domingos. No entanto, quando o primeiro pagamento dos pais da menina atrasou, Gertrude bateu nelas. Desde então as meninas apanhavam por comer doces que Gertrude as acusava de ter roubado, ( elas tinham na verdade comprado ).
Assim começaram os abusos frequentes.


A Tortura começa:


Em agosto 1965, Baniszewski começou a abusar física e verbalmente de Sylvia, permitindo que seus filhos a agredissem, e empurrassem da escada. Baniszewski também acusou Likens de ser uma prostituta, e dava 'sermões' sobre a podridão, sujeira de prostitutas e mulheres em geral. (seria engraçado se não fosse trágico, vindo de uma mulher como ela! E ela era meio pedófila também). Depois de as irmãs Likens repetidamente acusarem as filhas de Gertrude : Paula e Stephanie de serem prostitutas, o namorado de Stephanie, Coy Hubbard, e muitos outros amigos da escola e meninos locais, foram levados para ajudar Gertrude a bater na menina Sylvia.

Gertrude até forçou Jenny Likens a bater em sua própria irmã. Eles a queimavam com cigarros diariamente. Em agosto 1965, Phyllis e Raymond Vermillion se mudaram ao lado da família Baniszewski e imediatamente notaram o abuso e violência contra Likens. No entanto, eles não avisaram as autoridades, sem qualquer preocupação. Durante esse tempo, Likens roubou uma roupa de academia da escola, mesmo ela não podendo ir nas aulas de Física, mas Baniszewski encontrou a roupa e arrancou dela a confissão espancando-a e queimando-a com pontas de cigarros - a prática se tornaria rotineira.

As crianças chamavam os amigos para queimá-la diariamente. Depois disso, Baniszewski a tirou da escola. Logo depois, Gertrude novamente acusou Likens de prostituição, forçou-a a se despir e inserir uma garrafa de Coca-Cola em sua vagina em frente a um grupo de meninos da vizinhança.


O Porão :


Depois do incidente com a garrafa de Coca, Likens ficou inconsciente e como resultado, Baniszewski a trancou no porão. Gertrude começou, então, um regime de banho para "limpar" Sylvia, com aguá FERVENDO e esfregando sal nas queimaduras. Ela ficava quase sempre nua e raramente era alimentada. Várias vezes, Baniszewski e seu filho John Jr, de 12 anos, faziam-na comer suas próprias fezes, vômito e tomar urina. Uma vez, Jenny Likens conseguiu fazer contato com a irmã mais velha Diana Likens através de uma carta descrevendo os horrores que ela e Sylvia estavam passando.

Nessa carta, Jenny pediu a Diana que chamasse a polícia. Diana ignorou a carta, acreditando que ela só estava descontente com alguns castigos e estava inventando histórias para poder ir morar com ela. ( Imagina a dor na consciência depois!!! )

Diana não muito tempo depois da carta, foi visitar as irmãs e Baniszewski se recusou a deixá-la entrar na casa. Diana, então, escondeu-se perto da casa, até que ela avistou Jenny lá fora, e se aproximou dela. Jenny disse a irmã mais velha que ela não podia falar com ela e saiu correndo. Preocupada, Diana Likens chamou o serviço social, contando que Baniszewski disse que Sylvia Likens tinha sido enxotada da casa por ser uma prostituta imunda, e que desde então ela não voltou. Quando um assistente social apareceu na casa de Baniszewski e perguntou sobre Sylvia, Gertrude mandou Jenny mentir para o assistente social sobre onde Sylvia estava, ameaçando fazer o que ela fazia com Sylvia se ela não mentisse.

Apavorada com o que Baniszewski poderia fazer com ela se contasse a verdade, Jenny disse ao assistente que Sylvia havia fugido. O assistente social voltou ao escritório, onde preencheu as papeladas dizendo que não era preciso mais visitas a casa de Baniszewski. ( OUTRO QUE DEVE TER FICADO COM DOR NA CONSCIÊNCIA)

O assassinato :

Em 21 de outubro, Baniszewski mandou John Jr., Coy, e Stephanie Baniszewski trazer Likens para cima, e amarrá-la a uma cama. Na manha seguinte, Baniszewski, furiosa por que Sylvia fez xixi na cama, novamente forçou Sylvia a inserir uma garrafa de coca cola na vagina. Isso antes de começar a escrever a frase "eu sou uma prostituta e estou orgulhosa disto" no abdomen de Sylvia com uma agulha de costura quente. Baniszweski era incapaz de terminar a frase, mandou Rick Hobbs terminar. No dia seguinte, Baniszewski acordou Likens, e a ditou uma carta, para parecer que Sylvia tinha fugido e enviar para os pais dela.

Depois que Likens terminou a carta, Baniszewski Começou a formular um plano para fazer com que John Jr. e Jenny Likens ( relembrando: irmã de Sylvia) a largassem perto de um depósito de lixo para morrer. Quando Sylvia ouviu isto, ela saiu correndo escada abaixo tentando escapar. Mas foi detida por Baniszewski assim que pôs os pés para fora da casa. Baniszewski arrastou Sylvia de volta para dentro da casa, e novamente a jogou no porão mantendo-a lá.

Em 24 de outubro, Baniszewski, desceu ao porão para ameaçar bater em Linkens com uma pá larga de madeira, mas errou e acidentalmente atingiu a si mesma. Coy Hubbard entrou e começou a bater nela feroz e repetidamente na cabeça com um cabo de vassoura, e a largou inconsciente no chão do porão.

Na noite de terça-feira 26 de outubro, Baniszewski disse aos filhos que ia dar um banho na Likens, de água morna dessa vez. Stephanie Baniszewski e Richard Hobbs trouxeram Likens para cima e a colocaram na banheira com roupa e tudo. Logo a tiraram e depois a colocaram nua em um colchão no chão, perceberam que ela não estava respirando. Stephanie Baniszewski tentou ressuscitá-la louca e freneticamente, mas a essa hora, ela já estava morta.

Stephanie Baniszewski, entrou em pânico e mandou Hobbs chamar a polícia. Quando a policia chegou, Gertrude Baniszewski deu a eles a carta escrita por Sylvia dizendo que ela havia fugido. Em meio a comoção, Jenny Likens cochichou para um dos policiais, "Me tire daqui e eu vou contar tudo".

Seu depoimento bateu com a descoberta do corpo de Sylvia, mais do que rápido a polícia prendeu Gertrude, Paula, Stephanie e Jonh Baniszewski, Richard Hobbs, e Coy Hubbard por assassinato. Outros vizinhos crianças presentes na hora - Mike Monroe, Randy Lepper, Judy Duke, e Anna Siscoe - foram presos por "injúria a(machucar, insultar, prejudicar) uma pessoa"

Julgamento


Gertrude, seus filhos, Hobbs e Hubbard ficaram presos sem direito a fiança.

Um exame e autopsia no corpo de Sylvia Likens revelaram inúmeros ferimentos, queimaduras, danos nos músculos e nervos. Em sua morte espasmos; sofrimentos; torturas; contorções de dor foram indicadas, mordeu os lábios do lado de dentro arrancando pedaço. A cavidade vaginal estava fechada de tão inchada, mesmo um exame detalhado tendo comprovado que ela ainda era virgem, seu Hímen estava intacto,
um tapa na cara de Gertrude que a acusava de prostituição e gravidez. Causa da morte: inchaço no cérebro, hemorragia interna no cérebro, e choque por danos prolongados na pele.

Baniszewski foi considerada culpada de assassinato em primeiro grau(premeditado) Sentenciada a prisão perpétua sem possibilidade de condicional.

Após sentença e morte.

Baniszewski apelou, outro julgamento aconteceu e novamente foi considerada culpada.
Embora desta vez ela fora sentenciada a 18 anos. No curso desses 18 anos, Baniszewski se tornou uma prisioneira modelo, trabalhando na costura e depois se tornando "mãe" das prisioneiras jovens, quando ela conseguiu condicional em 1985, ela era conhecida na prisão pelo apelido "MOM" (Mãe).

As noticias da condicional de Baniszewski Chocaram a comunidade de Indiana. Jenny Likens e sua família apareceram na TV para falar contra Baniszewski. Os membros de grupos anti-crimes, Protect the Innocent and Society's League Against Molestation, viajaram até Indiana para se opor a condicional e apoiar a família Likens. Começaram uma campanha. No curso de 2 meses o grupo coletou 4500 assinaturas de cidadãos de Indiana pedindo para que ela permanecesse atrás das grades. Apesar dos esforços, Gertrude conseguiu a condicional. Durante a audiência ela disse:

"Eu não sei em que estado eu estava... porque eu estava usando drogas. Eu nunca realmente a conheci... e tomo total responsabilidade por tudo que aconteceu com Sylvia."

Ela saiu da cadeia em 4 de dezembro de 1985 e viajou para Iowa, morreu de câncer no pulmão em 16 de junho de 1990.


* The Girl Next Door = Livro
* An American Crime ( Um Crime Americano ) = Filme.


Filhos de Gertrude:

Paula Baniszewski
Stephanie Baniszewski
John Baniszewski Jr.
Marie Baniszewski
Shirley Baniszewski
James Baniszewski
Dennis Lee Wright Jr.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Um crime americano



Não consigo me lembrar de outro filme mais apavorante, aterrorizante, chocante do que este aqui. Acho que pode haver outros tão brutais quanto ele, mas não há nenhum mais brutal. Nem O Iluminado, de Kubrick, nem O Inquilino, de Polanski.

É uma paulada na cara, um chute no fígado, um choque elétrico – qualquer imagem desse nível serve para descrevê-lo. Em parte pela história em si, e a forma crua como ela é contada. E em parte porque – embora seja inacreditável – tudo se baseia em acontecimentos reais.

Ele nos informa isso de cara: “O que vem a seguir é uma interpretação dos acontecimentos com base no processo ‘Baniszewski versus O Estado de Indiana’, 1966. Todos os testemunhos vêm das transcrições do julgamento”.

Nunca tinha ouvido falar do processo Baniszewski. Sim, ele é conhecido; a imprensa americana o noticiou fartamente; a Wikipedia traz a história; em 1989, Jack Ketchum publicou um romance chamado The Girl Next Door, baseado no caso – e o livro foi filmado em 2007, com esse mesmo nome. Exatamente no mesmo ano foi lançado este filme aqui – ele estreou no Festival de Sundance, em janeiro de 2007.

Me peguei pensando: cacilda, mas essa história é muitíssimo mais impressionante do que o assassinato da família na fazenda do Kansas em 1959, que Truman Capote dissecou com brilho e maestria em A Sangue Frio. Como é possível que eu nunca tivesse ouvido falar dela? Como é possível que ela não tenha sido ainda mais divulgada do que na verdade foi? Como é possível que este filme não tenha tido uma repercussão muito maior?

***

O diretor Tommy O’Haver nasceu em Indianapolis, exatamente a cidade onde tudo aconteceu, em 1968, dois anos depois do processo. Na juventude, leu matérias publicadas no The Indianapolis Star sobre o caso.

Seu primeiro longa metragem é de 1998, Billy Hollywood’s Screen Kiss, uma comedinha. Depois vieram Get Over It, com Kirsten Dunst, de 2001, e Encantada/Ella Enchanted, com Anne Hathaway, em 2004, uma historinha meio conto de fadas. Um Crime Americano, seu quarto filme, é o primeiro “sério”. Não poderia haver nada mais sério.

Ele e uma antiga colega de classe, Irene Turner, leram tudo o que encontraram sobre o caso Baniszewski versus O Estado de Indiana; obtiveram cópia de todas as transcrições dos testemunhos do julgamento – e aí escreveram juntos o roteiro, que, como está dito no letreiro bem no início, transcreve frases textuais do julgamento acontecido em Indianapolis, Indiana, em 1966. Ao longo do filme, há cenas do julgamento – curtas, diretas, incisivas. A história do que aconteceu na casa de Gertrude Baniszewski, no número 3850 da Rua East New York, eles criaram com base no que foi dito no julgamento e no que a imprensa publicou sobre o caso. É o que eles chamaram de “interpretação”. A “interpretação” ocupa a imensa maior parte do filme; as cenas de julgamento vão sendo apresentadas ao longo dessa narrativa. A justaposição da “interpretação” da história feita pelos roteiristas com as palavras pronunciadas no julgamento é um brilho.

Não vou revelar nada que acontece depois dos primeiros minutos do filme – não teria sentido, só serviria para atrapalhar quem por acaso passar por este texto e ainda não tiver visto o filme.

Os pais das garotas Sylvia (Ellen Page), de 16 anos, e Jenny (Hayley McFarland) trabalham em parques de diversão, e estão constantemente mudando de cidade para cidade, para onde vão sendo levados os brinquedos do parque. Em Indianapolis, na segunda metade de 1965, ficam conhecendo uma mulher, Gertrude Baniszewski (Catherine Keener, com Ellen Page na foto), que tem sete filhos, de várias idades, alguns deles colegas de escola de Sylvia e Jenny; Gertrude tinha sido abandonada pelo pai das crianças mais velhas, sobrevive lavando e passando roupa; por US$ 20 semanais, se oferece para cuidar das duas garotas enquanto os pais seguem o circuito do parque de diversões.

São todos cristãos, freqüentam a igreja batista do bairro. São pobres, mas não miseráveis.

Na casa de Gertrude Baniszewski, Sylvia será vítima de crueldades de fazer corar de vergonha e indignação um torturador do Santo Ofício, de Abu Graieb, do Dops da ditadura militar, de qualquer tempo ou lugar.

É chocante, é um absurdo: como é possível que seres humanos sejam capazes de tamanha crueldade?

***

Catherine Keener, indicada para o Oscar de coadjuvante por sua interpretação da escritora Harper Lee, a grande amiga de Truman Capote, no filme Capote, disse ao diretor O’Haver, segundo ele contou ao New York Times em janeiro de 2007: “Estou com medo de fazer algo assim”. E ele disse: “Estou com medo também. Talvez seja por isso que tenhamos que fazer”.

A própria Catherine contou ao New York Times: “Como eu sou mãe, disse para mim mesma: ‘Não posso fazer isso’. Mais tarde, pensei: ‘Eu sou mãe. Eu deveria fazer’.”

A jovem Ellen Page, então com 19 anos e antes de Juno, que havia feito, aos 17, com um talento absolutamente extraordinário, o papel principal em Menina.má.com/Hard Candy – como uma garotinha que tortura um pedófilo -, disse ao Times que, depois de ler o roteiro pela primeira vez, ficou impressionadíssima, e não conseguia acreditar que aquela história fosse verdadeira. “Eu me lembro que fui para o computador e fiquei literalmente acordada a noite inteira lendo tudo que encontrei”.

Todo o elenco – inclusive e principalmente todas os atores mirins que interpretam as muitas crianças da história – está excepcional. Ari Graynor, que faz Paula, a filha mais velha dos muitos Baniszewski, está muito bem. Esse diretor Tommy O’Haver demonstra um talento de direção de atores que é de babar. Mas as duas protagonistas, Catherine Keener e Ellen Page, conseguem se sobressair mesmo em meio a tanta interpretação boa. É de doer. É um filme impossível de se esquecer.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Keep on tryin'



Thank you for everything, J. You are very special!!!!

Keep On Tryin' - Poco

I've been thinkin' 'bout
All the times you told me
You're so full of doubt
You just can't let it be
But I know
If you keep comin' back for more
Then I'll keep on tryin'
Keep on tryin'

And I've been drinkin' now
Just a little too much
And I don't know how
I can get in touch with you
Now there's only one thing for me to do,
It`s to keep on tryin`
To get home to you

And I feel so satisfied when
I can see you smile
I want to confide in
All that is true, so I'll
Keep on tryin' I'm
Through with lyin'
Just like the sun above
I'll come shinin, trough
Oh yes I'll
Keep on tryin', I'm
Tired of cryin'
I got to find a way
To get on home to you

I've been thinkin' 'bout
All the times you held me
I never heard you shout
The flow of energy was so fine
Now I think I'll lay it on the line
And keep on tryin'
To get home to you

And I feel so satisfied when
I can see you smile
I want to confide in
All that is true, so I'll
Keep on tryin' I'm
Through with lyin'
Just like the sun above
I'll come shinin, trough
Yes I will
Oh yes I'll
Keep on tryin', I'm
Tired of cryin'
I got to find a way
To get on home to you